Um grupo de astrônomos relata a detecção de um objeto que aparenta ser o buraco negro mais leve já identificado pela ciência, embora ainda não tenha sido confirmada a sua classificação precisa.
As duas principais hipóteses dos cientistas para este objeto massivo misterioso incluem a possibilidade de ser um buraco negro ou uma estrela de nêutrons, conforme evidenciado pelos dados. A revista científica Science publicou os resultados da pesquisa.
A confirmação desse objeto cósmico é crucial, pois, se for um buraco negro, será o mais leve já detectado, enquanto, caso seja uma estrela de nêutrons, poderá ser considerada a mais pesada do tipo.
Com uma massa estimada entre 2,09 e 2,71 vezes a do nosso Sol, o objeto está localizado em uma região desértica da Via Láctea, escassa em estrelas de nêutrons ou buracos negros.
Com base nos dados do radiotelescópio MeerKAT, uma equipe internacional de cientistas afirma que o objeto cósmico em questão orbita um pulsar de rápida rotação em um aglomerado globular.
Localizado a 40 mil anos-luz da Terra, essa estrutura pode representar um possível buraco negro binário, oferecendo oportunidades adicionais para testar a Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein.
O astrofísico Ben Stappers, da Universidade de Manchester, expressou entusiasmo, destacando que um sistema pulsar-buraco negro seria crucial para testar teorias de gravidade, enquanto uma estrela de nêutrons pesada forneceria novos insights em física nuclear em densidades extremas.
Seria uma estrela de nêutrons ou um buraco negro?
Seja um buraco negro leve ou uma estrela de nêutrons massiva, ambas as possibilidades oferecem valiosas oportunidades para os cientistas explorarem o cosmos.
Mas no caso de uma estrela de nêutrons, ela pode ser uma ferramenta crucial para aprofundar nossa compreensão da física nuclear em densidades elevadas.
Por outro lado, um buraco negro proporciona uma plataforma para testes significativos relacionados à teoria da gravidade.
Atualmente, a compreensão científica dos buracos negros indica que os objetos mais leves desse tipo têm aproximadamente cinco vezes a massa do Sol. Portanto, a descoberta em questão representaria o buraco negro mais leve já detectado até o momento.
A detecção ocorreu durante observações do aglomerado de estrelas NGC 1851, localizado na constelação de Columba. A interação comum entre estrelas na região sugere a possibilidade de colisões entre duas estrelas de nêutrons, resultando no objeto em estudo.
Arunima Dutt, cientista do Instituto Max Planck de Radioastronomia, destaca que a descoberta da verdadeira natureza da companheira será um marco crucial para a compreensão de estrelas de nêutrons, buracos negros e outros fenômenos potenciais na lacuna de massa.
Fonte: Science
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