Descoberto no último mês em uma proximidade extraordinária com a Terra, o cometa C/2023 P1 Nishimura, possivelmente o mais brilhante de 2023, começará a cruzar os céus a partir desta terça-feira (12), em um evento que não se repetirá por incríveis 434 anos.
Este fenômeno celeste, também conhecido como cometa Nishimura, foi oficialmente reconhecido no final de agosto pela Circular do Minor Planet Center, uma instituição vinculada ao Observatório Astrofísico Smithsonian, nos Estados Unidos. Sua descoberta ocorreu em 11 de agosto, graças ao astrônomo amador japonês Hideo Nishimura, em cuja homenagem o cometa recebeu seu nome.
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O Cometa Nishimura cresce
PublicidadePublicidadeO cometa Nishimura está atualmente em expansão, especificamente suas caudas C/2023 P1, que estão crescendo à medida que se aproximam do Sol. Descoberto apenas no mês passado, o cometa está quase nu agora, movendo-se dentro da órbita da… pic.twitter.com/0zVey3OEQu
— JAMES WEBB (@jameswebb_nasa) September 9, 2023
Curiosamente, este objeto celeste passou despercebido pelos principais observatórios em todo o mundo, à medida que se aproximava da Terra, eclipsado pelo resplendor solar. No entanto, utilizando apenas uma câmera fotográfica comum e uma lente teleobjetiva convencional, Nishimura, o astrônomo, conseguiu capturar, de forma completamente acidental, imagens de Nishimura, o cometa, em exposições de 15 segundos.
De acordo com Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colaborador do Olhar Digital, embora tenha inicialmente parecido fraco através da lente da câmera do descobridor, “seu brilho é notavelmente alto para cometas recém-descobertos, que, em telescópios maiores, podem ser observados mesmo quando estão muito distantes e apresentando um brilho muito mais tênue”.
O cometa Nishimura, um pequeno corpo gelado e rochoso com uma distintiva cauda verde, deve sua coloração à predominância de gás em sua composição em comparação com a poeira circundante. Embora seu tamanho exato permaneça desconhecido, estimativas apontam para cerca de um quilômetro de diâmetro.
Este cometa foi inicialmente avistado em 11 de agosto de 2023 pelo astrônomo amador japonês Hideo Nishimura, recebendo seu nome em homenagem a seu descobridor. Uma curiosidade notável é que sua última aproximação significativa ao Sol ocorreu há incríveis 437 anos. O pesquisador Nicolas Biver, do Centro Nacional de Pesquisa Científica do Observatório de Paris, prevê a próxima passagem para 2457, desde que o cometa não se desintegre antes disso. Essa longa órbita torna o cometa Nishimura um fenômeno raro e fascinante no estudo do cosmos.
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