Assunto meio complicado, não? Afinal, como destruir algo que, como todo empreendimento, foi iniciado com base em uma realização de um sonho, de uma visão de futuro e de progresso, e que também pode estar caminhando bem, perseguindo e alcançando vários de seus objetivos? Muitos motivos pode haver, pois em todos os negócios sempre há perigos à espreita… Falta de inovações, rápidas mudanças tecnológicas não bem conhecidas e então não adequadamente trabalhadas, mudança de perfil dos consumidores, legislação coercitiva e prejudicial, perda do foco original, excesso de ambição, e assim por diante…
Mas sempre à frente do crescimento ou destruição de um empreendimento, seguramente pode ser considerado o modo de gerir a empresa. Afinal, todo empreendimento é formado por pessoas que a ele se agregam com diversos objetivos, e pessoas são complicadas. E vai caber à gestão a orientação deste complicado conjunto de colaboradores, auxiliares, companheiros de direção, enfim, todos os que compõem o “ativo” humano. E nesse “ativo” seguramente existirão pessoas que se preocuparão apenas com segurança financeira, estabilidade, e sentimentos de agregação a um grupo; a literatura os denomina “Evitadores de Fracasso”. Mas também existem, e como são importantes, os denominados “Buscadores de Sucesso”, que sem descurar dos itens relativos à sua segurança e afiliação, estão mais preocupados no seu autodesenvolvimento e a sua autorrealização. E a gestão tem que lidar com todos!
No entanto, a modernidade e as novas tecnologias trouxeram a necessidade de mais colaboradores com o perfil dos “Buscadores de Sucesso”, por se adaptarem melhor às novas realidades do mundo do trabalho: são progressistas, participam melhor dos objetivos do empreendimento, são criativos e querem de fato crescer… Isso exige um novo tipo de gestão, que encoraja a originalidade e o pensamento sistêmico, e que é flexível e sabe ouvir e discutir novas ideias; que sabe também negociar e encaminhar as novas propostas que lhe são feitas pelos colaboradores; que procura entender o mundo e o que ele está lhe oferecendo no momento; que respeita as diferenças e as vocações de cada um dos colaboradores, pois entende que cada ser humano é diferente dos outros e tem suas expectativas próprias; que não aceita soluções prontas e milagrosas, mas as questiona, procurando ver o que elas têm de melhor e no que podem melhorar ainda mais; e mais: que aceita os erros e procura obter aprendizagem com eles… Então, nos tempos atuais, este tipo de gestão é o que tem mais chance de fazer crescer o empreendimento, mas que geralmente não é encontrado em uma estrutura funcional baseada em organogramas verticais e fechados…
O contrário é o que muitas vezes leva o empreendimento a um caminho perigoso e a um futuro incerto… É um tipo de gestão que sempre é rígido, apegando-se a dogmas e costumes muitas vezes já ultrapassados; que pensa “linearmente”, não conseguindo e às vezes nem procurando ver o que acontece em torno de si e do empreendimento; que acha que todos pensam “igual”, e procura fazer com que todos se conformem ao seu modelo de agir; que gosta de soluções prontas, às vezes nem testadas; que geralmente é extremamente rígido e burocrático; que pensa que o colaborador é apenas um meio, programável e utilizável à vontade; e finalmente, que costuma gerar para o empreendimento um estrutura funcional fechada, verticalizada e rígida. Que perigo!
É, minha amiga, meu amigo, em qual das duas estruturas você gostaria de estar participando com seu trabalho? Pois é…
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