Já conversamos tanto, neste espaço, sobre como os paradigmas (individuais, familiares, sociais, empresariais…) estão mudando, que achei que vale a pena tentar fazer uma tentativa de resumo dessas mudanças neste nosso encontro semanal. Muitos estão claramente estabelecidos, outros ainda estão esboçando sua mudança, e outros nem tanto; mas não importa… Vão acabar sendo implementados. Então, vamos lá:
Em primeiro lugar, o eterno dilema entre ser e ter. Discussão antiga… Acho que a pandemia, com todas as suas restrições e problemas que trouxe aos que não as seguiram à risca, pode ter-nos sugerido a ‘ser’ um pouco mais… Afinal, foi difícil consumir, e faltaram até recursos para tal; por outro lado, tivemos exemplos de solidariedade e apoio mútuo muito significativos. Tudo isso somado às mudanças climáticas que estão acontecendo, pode nos levar a uma consciência melhor de que ‘ter’ não é tão importante como ‘ser’… Em futuro nem tão distante, até podemos imaginar esta minha afirmativa como questão de sobrevivência de nossa espécie… Tomara!
Tudo isso nos leva a ter a oportunidade de deixarmos um pouco de lado o eu, para operarmos mais o nós… Será que o individualismo, tão corrente nos dias de hoje, não pode estar se “envergando” um pouquinho para o lado da solidariedade? E será que, onde isto aconteceu, não poderá tornar-se um novo costume, um novo paradigma? Afinal, vivemos tempos confusos (pandemia + evolução tecnológica e social com variações muito intensas e rápidas…), que se não nos ajudarmos, podemos ter problemas!
Tudo indica que essas mudanças de paradigmas também estão implicando no setor produtivo em geral. Percebe-se que, nas empresas de sucesso, está sendo mais valorizado o trabalho em time, e que a figura do chefe, autoritário e dono da verdade, está sendo substituída pela do líder, empático e motivador. Em crises como a que estamos vivendo, a união entre todos dentro de um objetivo empresarial ou negocial com vista aos objetivos comuns, passa a ser fundamental; a burocracia tem que diminuir, e a hierarquia rígida, centralizada e piramidal, tem que ser substituída pela hierarquia em rede, meritrocrática e distribuída. Conforme já foi comentado, as pessoas querem mais “ser”, e sentirem-se como peças importantes, colaboradores e participantes, e não “empregados” ou “recursos humanos” …
Também, nesta época na qual estamos vivendo, deveríamos estar exercendo nosso pensamento em longo prazo… O pensamento em curto prazo pode ser enganoso, tanto nos campos pessoal e familiar, quanto nos empresariais e negociais. As coisas mudam tão rapidamente, que exigem de nós grande dose de criatividade e resiliência. Pensar em resultados em curto prazo podem nos trazer decepções e prejuízos… Por exemplo, quantos negócios tiveram que se reinventar para terem e manterem alguma chance de sucesso? Alguns até descobriram novas modalidades e alternativas passíveis de exitosa perpetuidade após a pandemia…
Então, acho que temos que descobrir novos caminhos para nossa vida. Quem sabe esses novos caminhos nos levem, após essa tempestade, a novas descobertas de como sermos mais felizes, solidários e com sucesso, qualquer que seja nosso conceito sobre ele… Vamos aprender a cultivar o ser, e nem tanto nos preocuparmos em ter! Aí teremos conseguido obter vantagens e aproveitado oportunidades dessa tremenda crise que se abateu sobre nós e o mundo. Tomara!
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