Pois é! O lançamento de uma nova ideia, através de um novo produto ou serviço, só não pode acontecer através do “achismo”, ou seja, “acho que vai dar certo”, “vai pegar”, etc. Quantos desapontamentos, quantos prejuízos, já vi acontecer por causa disto…
É claro que um novo negócio sempre traz riscos: faz parte do jogo… Mas podemos minimizá-los examinando a proposta por vários ângulos, e utilizando várias ferramentas, uma das quais, que gosto muito, foi proposta por Thomas K. McKnight (1), que começamos a discutir no “Engenharia em Pauta” da semana passada. Ela baseia-se em pensar a ideia do novo negócio em quarenta e quatro itens, que estão distribuídos por oito campos de interesse, e que geram uma nota final da ideia que, se for maior ou igual a setenta, representa uma ideia que vale a pena levar a frente, com menor risco… E você pode ter mais detalhes sobre este assunto no “Engenharia em Pauta” da semana passada, no qual expliquei a metodologia utilizada na ferramenta e já procurei resumir os dois primeiros campos de interesse, a saber, 1 – “A DEMANDA” e 2, as “CARACTERÍSTICAS PESSOAIS DO(S) EMPREENDEDORES(ES)”. Vamos então dar uma olhada nos outros seis? São eles, em resumo:
3 – OPERAÇÕES: você conseguirá captar recursos com facilidade? Terá que usar recursos próprios? Serão suficientes? O produto/serviço terá facilidades para divulgação/distribuição? Já desenvolveu uma estratégia para penetrar no mercado? Como ficará a situação do negócio no pós-lançamento? Há planos alternativos, de qualidade e viabilidade? A ideia a ser lançada é proprietária, ou seja, você tem poder, propriedade, sobre ela? E os seus candidatos a eventuais parcerias, sociedade? O local das operações é apropriado? Você dispõe de vantagens que até poderiam ser consideradas “injustas”?
4 – FINANÇAS: a execução da ideia exige razoáveis requisitos de capital? E para o início das operações, há necessidade de muito capital? Você sabe onde obtê-lo?
5 – RESULTADOS: como você estima o valor do empreendimento em médio prazo (cinco anos, por exemplo)? Espera-se um bom retorno, em médio prazo?
6 – ASPECTOS AMEAÇADORES: o produto/serviço poderá enfrentar algum tipo de “tabu”, alguma reação contrária ou antagônica, de aversão, etc.? Poderá correr o risco de ser bloqueado, por legislação, etc.? Existirão obstáculos intransponíveis? Existirá algum tipo de “miopia” empresarial, ou “paralisia de paradigmas”, a respeito do produto/serviço?
7 – A HISTÓRIA: você dispõe de pessoas importantes, notáveis, que possam ajudá-lo? A apresentação, o formato, da ideia é motivadora, de impacto?
8 – “CARPE DIEM”: o produto/serviço tem relevância governamental? Seu lançamento será rápido e fácil?
Como pode ser visto, a ferramenta nos leva a pensar e quantizar muitos dos elementos importantes para a verificação da viabilidade de um novo negócio, e na consequente diminuição dos riscos a ele inerentes. No original, é possível dar nota a cada um dos itens, o que ainda nos possibilita “rearrumar” estratégias para correção dos mais deficientes. Bom, não é? E aí, desejo bons e bem examinados negócios!
Referência:
McKNIGHT, THOMAS K. Wll it fly? How to know if your new business idea has wings… Before you take the leap. New Jersey: Prentice Hall, 2004.
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