Existem histórias de infância que marcaram nossas vidas, e que nos deram muitas orientações sobre como viver de modo produtivo e então progredir… E é uma pena que a maioria das crianças de hoje não adotou com afinco e com prazer o hábito da leitura. Que pena! Ainda bem que na minha família este hábito era muito arraigado, e até hoje me considero um “devorador” de livros…
Pois bem, quando criança tive o prazer de ler o livro “Lendas do Céu e da Terra”, de Malba Tahan, que na realidade é o pseudônimo do escritor brasileiro Júlio César de Mello e Souza (1895-1974).
Nesta obra, que continha vários contos, ele me impressionou quando escreveu que uma determinada pessoa, quando visitava a obra de construção de uma grande catedral, viu três pedreiros trabalhando, preparando material, assentando tijolos, enfim, exercendo suas tarefas rotineiras. Aí ele se aproximou dos trabalhadores, e perguntou ao primeiro o que ele estava fazendo, obtendo a seguinte resposta: “não vê, estou preparando pedras!”; ao segundo, fez a mesma pergunta, ouvindo então: “afinal, tenho que garantir meu salário!”; mas, ao fazer a mesma pergunta ao terceiro, escutou uma frase lapidar: “não vê? Estou construindo uma catedral!”.
Que bela resposta, que nos faz pensar muito em como exercemos nossas tarefas rotineiras, e como gostaríamos que as pessoas que nos são próximas também pensassem e agissem como o terceiro pedreiro! Como seria mais fácil nossa vida profissional e mesmo pessoal!
E aí fica uma pergunta: no setor produtivo atual, de grande mutação tecnológica e rápido progresso, quem teria mais chance de ter sucesso? É claro que seriam as pessoas cuja atitude é similar à do terceiro pedreiro, que conseguia ver a catedral pronta, com o orgulho de ter participado de sua construção, mesmo que de forma modesta… Ele não estava pensando rotineiramente em cumprir uma função para o qual tinha aprendido, nem pensando exclusivamente no seu salário no final do mês. É claro que esses são elementos válidos e importantes, mas o terceiro pedreiro era mais feliz e produzia mais, pois estava imbuído do sonho de ver a obra pronta, linda, e servindo a tantas pessoas… Garanto que até não reclamava do expediente cansativo, das longas horas de trabalho, talvez até de eventuais injustiças que tenha sofrido – e era mais feliz no trabalho!. E, no caso de uma promoção na obra, quem seria chamado?
A literatura denomina este tipo de trabalhador de “Buscador de Sucesso”, que foca sua motivação na sua autorrealização, que cuida de sua autoestima, gostando do que faz e tendo orgulho profissional, evidentemente cuidando do atendimento de seu reconhecimento como bom trabalhador… Já os dois primeiros pedreiros, a literatura os denomina “Evitadores de Fracasso”, pois focam suas motivações apenas nas suas necessidades básicas, como salário, folgas, etc. Tudo bem, mas quem você gostaria de contar em seu time?
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