Os cientistas estimam que ao longo das últimas centenas de milhões de anos, o encolhimento da Lua foi de 45 metros em sua circunferência à medida que seu núcleo gradualmente se resfriou.
Assim como uma uva se enrugando ao se transformar em passas, a Lua também adquire rugas durante esse processo de encolhimento. No entanto, ao contrário da pele flexível de uma uva, a superfície lunar é quebradiça, resultando na formação de falhas onde diferentes seções da crosta se pressionam umas contra as outras.
Astrônomos recentemente encontraram evidências de que esse encolhimento contínuo da Lua causou uma notável deformação na superfície, especialmente na região do Pólo Sul, incluindo áreas que a NASA considerou para o pouso de naves tripuladas durante a missão Artemis III.
A formação de falhas devido ao encolhimento da Lua frequentemente desencadeia atividades sísmicas, conhecidas como lunamotos ou “terremotos lunares”, representando potenciais riscos para futuras explorações humanas.
A equipe estabeleceu uma conexão entre um grupo de falhas na região polar sul lunar e um dos terremotos lunares mais fortes registrados pela missão Apollo, há mais de 50 anos.
Modelos sugerem que áreas próximas a essas falhas são suscetíveis a deslizamentos regolito e rochas induzidos por tremores sísmicos, alertando para a necessidade de considerar a distribuição e a atividade das falhas ao planejar postos avançados na Lua, conforme destacado por Thomas Watters, membro da equipe.
Encolhimento da Lua – Lunamotos
Os lunamotos superficiais, ocorrendo a cerca de 160 quilômetros de profundidade na Lua, são análogos aos terremotos terrestres e podem danificar estruturas humanas.
Ao contrário dos terremotos terrestres de curta duração, os lunamotos podem persistir por horas ou até mesmo uma tarde inteira, como evidenciado por um terremoto lunar de magnitude 5 registrado na década de 1970 e associado a falhas detectadas pela sonda LRO.
Nicholas Schmerr, membro da equipe, explica que a superfície lunar, fragmentada por bilhões de anos de impactos de asteroides e cometas, é composta por sedimentos soltos, tornando os tremores e deslizamentos de terra uma possibilidade constante.
Fonte: Inovação Tecnológica
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos! ?
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.
Sigam o A Ciência do Universo no Instagram! @cienciasdouniverso ?
