O isolamento social em grandes bairros e cidades, por conta da pandemia do coronavírus, evidenciou a complexidade de estabelecer a convivência amistosa e saudável entre vizinhos.
Para cumprir esta tarefa com profissionalismo, e tantas outras necessárias para o bom andamento de uma sociedade, surge com força o gestor social: profissional responsável por fornecer ferramentas de planejamento e governança que facilitem o compartilhamento de serviços e experiências entre os moradores, buscando sempre estimular o vínculo humano e o bem-estar coletivo.
O gestor social é coparticipante do processo de formação de determinada comunidade, costurando também parcerias externas com empresas e entidades.
Uma das pioneiras do conceito no Brasil, a Planet Smart City tem obtido excelentes resultados em gestão social.
Na Smart City Laguna, primeira cidade inteligente inclusiva do mundo, no Ceará, a experiência se tornou bem-sucedida e será implementada também nas próximas cidades inteligentes do Grupo, como a Smart City Natal, em avançada construção no Rio Grande do Norte.
“O gestor social precisa, antes de tudo, acreditar que junto com todos pode transformar para melhor o bairro ou a cidade, isso com escuta atenta, humildade e colaboração”, explica Susanna Marchionni, CEO da Planet Smart City no Brasil.
Para desempenhar o papel de um gestor social, não é necessário ter uma formação específica, embora o mais comum é que desperte o interesse de sociólogos, antropólogos, educadores ou psicólogos, pessoas que naturalmente gostam do “ser social”, ético e colaborativo e que estudam para atuar com segurança nas cidades em que trabalham.
O Gestor Social tem atuação local na vizinhança onde desempenha seu trabalho, bem como “costura” as parcerias locais com o entorno, as diferentes associações, prefeituras e empresas necessárias para o êxito do projeto.
Essa ideia de gestão social já vem sendo implementada há muitos anos mundo afora em cidades e bairros com adensamento populacional devido à necessidade de organizar as comunidades de forma participativa, sejam elas de moradia ou de assentamentos rurais.
Inovação digital de mãos dadas com a inovação social
Além de proporcionar aos moradores um alto padrão de infraestrutura e soluções tecnológicas, as cidades inclusivas da Planet também tem o objetivo de formar uma comunidade inteligente. E, para que isso funcione, o gestor social torna-se figura central. É ele quem vai estimular a vivência como cidadãos conscientes, promovendo um estilo de vida saudável e colaborativo.
“O gestor social muda a qualidade de vida das pessoas. Viver em uma smart city significa ter mais que uma casa: é participar ativamente da vida da cidade, de novas experiências, onde todos unidos constroem uma cidade mais segura e sustentável”, completa Susanna.
Para auxiliar na complexa tarefa, o gestor social conta com uma plataforma digital, o Planet App – um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente por todos.
Funcionando como o painel de controle da cidade inteligente, esta ferramenta é essencial para estruturar, interconectar e expandir a eficácia das várias tecnologias implantadas na smart city.
“É por meio do aplicativo que nos comunicamos com toda a cidade. É papel do gestor social promover a integração entre as pessoas que vivem no local. Também é no aplicativo que o gestor fornece informações e suporte para os cursos gratuitos, treinamentos em grupo e organização de eventos e muito mais. Tudo em prol da interação social entre os cidadãos”, afirma Susanna.
“Muitas vezes moramos numa casa e não sabemos quem é o nosso vizinho. Isso não acontece nas nossas cidades inteligentes. Isso é importante porque dá uma sensação muito forte de pertencimento ao local e essa rede de apoio com a vizinhança gera também uma maior sensação de segurança. Se um morador viaja e o vizinho escuta algum barulho estranho na casa dele, pode fazer contato pelo aplicativo”, acrescenta.
O trabalho do gestor social não é solitário e permanente. Para envolver todos os moradores no cuidado do bem comum, faz parte da sua função formar líderes no bairro, que formarão novos líderes.
É essa comissão de moradores que vai resolver as demandas e recepcionar os novos moradores, fazendo uma visita de boas-vindas, sempre apresentando um vizinho próximo. Na Smart City Laguna, por exemplo, a comissão já criou o seu próprio Código de Cultura.
Depois de dois anos estabelecidos, os líderes locais passam a ter ferramentas de planejamento e governança necessárias para o bom andamento do projeto. É aí que o gestor social sai de cena e deixa a comunidade sob o comando dos próprios moradores.
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