A pandemia nos trouxe muito tempo em quarentena, muito isolamento, muita leitura, muito tempo para “filosofar”… Esta é uma realidade desses tempos, não? Ou pelo menos deveria ser, pois em toda crise sempre existem oportunidades e possibilidades de aprendizagem Senão esses grandes e penosos movimentos ecológicos ou provocados por nós mesmos terão deixado para trás apenas grandes perdas… De fato, outras grandes crises, como pandemias e guerras, sempre provocaram mudanças – se boas ou ruins, dependeu de nós… Daí a necessidade de refletir no que pode acontecer daqui para frente, ou que já está acontecendo… Daí vou ousar colocar minhas ideias a respeito, não sei se corretas, exageradas, distópicas, etc. Mas aí vão elas:
No ambiente tecnológico, o rápido crescimento da Robótica, Automação, IA – Inteligência Artificial e congêneres, se por um lado facilitará em muito nossa vida, por outro aumentará o desemprego estrutural e exigirá muita qualificação de todos, além de muita resiliência para as mudanças que virão em razoável velocidade. Na realidade, o mundo dependerá cada vez mais destas tecnologias, e das que delas advirão.
Tudo isso exigirá de nós educação tecnológica, pelo menos mínima, pois muitos atos corriqueiros da vida estarão nos ambientes virtuais. Compras, pagamentos, correspondência, etc., cada vez mais utilizarão a tecnologia disponível.
As “Redes Sociais”, tão bem estruturadas e feitas para nos unir e compartilharmos conhecimento, precisarão ser bem trabalhadas para nos servirem, e não para atrapalhar nossa vida, com perda de tempo, disseminação de ódio e de notícias enganosas, etc. Nesse caso, nós é que seremos responsáveis por sua correta utilização, e teremos que aprender algo a respeito. Isso também porque sua utilização sempre deixará nossa “pegada digital”, nosso rastro na internet, que poderá se utilizado contra nós em fraudes e outros fatos danosos…
O ambiente de trabalho será cada vez dominado pelo modelo ”Home Office”, o que demandará de nós a criação de hábitos salutares a respeito, além de necessitar que as empresas desenvolvam novas posturas trabalhistas que aumentem sua produtividade e a manutenção da união entre os colaboradores, bem como o “espírito de corpo” tão necessário para lograrem sucesso. Por exemplo, os horários de trabalho deverão ser mais flexíveis, visando resultados, e não apenas horas ocupadas no “expediente”.
Nas escolas e instituições ligadas a treinamento e formação, as teleaulas também vieram para ficar, em modelos híbridos ou não. Também aqui deverá haver intensa modificação na tecnologia de ensino e no conteúdo a ministrar, ou haverá forte deficiência ou mesmo perda de aprendizagem. Por outro lado, deverá também haver, principalmente nos primeiros anos de formação escolar, algum modo de se criar condições de socialização entre os alunos, extremamente importante para a formação das crianças e jovens.
Há que tomar cuidado também com as crianças e jovens (e mesmo alguns adultos, não é?), com a utilização intensa e indiscriminada de videogames e celulares. Já é realidade comprovada por profissionais de saúde os prejuízos advindos de tal hábito, como também o fato de que ele pode provocar um alheamento sobre a vida real. Isso porque, se utilizados em excesso, podem fazer com que os usuários passem a viver em um “mundo virtual”, distante de suas realidades, além de serem expostos a eventuais sites e situações perigosas, sob todos os sentidos…
Gostaria de continuar esta conversa a semana que vem… Você topa?
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