Recentemente, foram descobertas duas novas técnicas para produção de hidrogênio, ampliando as possibilidades para o uso desta fonte de energia. Essas novas técnicas podem ajudar a tornar o hidrogênio mais acessível e viável como uma fonte de energia limpa e renovável no futuro. Apesar de ainda estar em fase de desenvolvimento, essas técnicas são promissoras e podem contribuir para a transição para uma economia de baixo carbono.
Hidrogênio a partir de fotossíntese
A fotossíntese é um processo natural pelo qual as plantas, algas e alguns micro-organismos convertem a energia solar em energia química armazenada, criando moléculas orgânicas a partir de dióxido de carbono e água.
Agora, uma equipe de pesquisadores das universidades da Flórida e da Carolina do Sul desenvolveu uma técnica inovadora de fotossíntese artificial que utiliza a energia solar para produzir hidrogênio, em vez de gerar carboidratos. Essa solução combina dois componentes, um catalisador chamado fotorredox e um composto orgânico florescente chamado naftol. Quando expostos à luz solar, essas moléculas trabalham juntas para gerar hidrogênio, imitando o processo de fotossíntese natural. A eficiência desse sistema é de apenas 5%, mas é um valor promissor para o futuro e a equipe de pesquisa está trabalhando para melhorar essa eficiência e utilizar essa técnica para produzir outros combustíveis.
Hidrogênio por ondas sonoras
Uma equipe de pesquisadores da Universidade RMIT, na Austrália, liderada por Yemima Ehrnst, desenvolveu uma nova técnica para produzir hidrogênio que melhora em 14 vezes um dos métodos tradicionais de produção. Essa técnica utiliza vibrações de alta frequência geradas por ondas sonoras para quebrar as moléculas de água, liberando uma quantidade significativamente maior de hidrogênio.
A eletrólise é realizada passando corrente elétrica através da água entre dois elétrodos, dividindo as moléculas de água em oxigênio e hidrogênio, que se manifestam como bolhas ao lado de cada elétrodo. Com a utilização das ondas sonoras, é possível eliminar a necessidade de usar eletrólitos corrosivos e eletrodos caros, como platina ou irídio, e utilizar materiais de elétrodo mais acessíveis, como a prata.
Esse método apresenta um ganho líquido de energia de 27% e é capaz de produzir hidrogênio a partir de qualquer fonte.
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