Em parceria com a alemã Siemens, a Porsche fechou um acordo para inaugurar uma fábrica experimental no Chile que produzirá o “e-combustíveis” a partir de 2022.
O objetivo é produzir até 2024, 55 milhões de litros nessa “refinaria sustentável”, localizada na província de Magalhães. Petroleiras locais e outras empresas de energia também estarão envolvidas no projeto: obviamente, a Porsche será a primeira cliente da iniciativa e testará o desempenho do combustível em sua linha de veículos preparados para competição.
A geolocalização da fábrica não é por acaso: a região conta com boa localização de regime de ventos, o que permitirá a utilização de energia eólica para alimentar o sistema de produção do novo combustível.
A gasolina sintética tem alguma semelhança com a produção de biocombustíveis como por exemplo o etanol, mas depende apenas de água e de dióxido de carbono, o CO², para a sua produção.
No processo, são utilizados eletrolisadores, que conseguem “separar” a água em seus elementos básicos, hidrogênio e oxigênio. Após esse processo, há uma combinação com o CO², formando uma substância conhecida como metanol.
Esse metanol passará por um processo de melhoramento, sendo capaz então de apresentar um rendimento até superior aos combustíveis tradicionais. Por conta de sua formação química, a queima do combustível é de baixa intensidade, sem a presença de componentes como o benzeno.
Outro ponto positivo que é importante destacar é que esse composto pode ser distribuído em postos de combustível tradicionais, além de não exigir mudanças estruturais dos motores a combustão. Entretanto, a tecnologia ainda é cara e depende de uma escala maior de produção para o custo diminuir, enquanto o metanol em si é altamente tóxico para o humano.
A Porsche não está sozinha. Outra empresa alemã, a Audi, neste caso em parceria com a Bosch, vem trabalhando no projeto de gasolina sintética.
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