A italiana Bugatti vai trocar de dono: o Grupo WV está negociando a venda da icônica marca para a Rimac, empresa da Croácia que fez sua fama com carros rápidos e inovadores.
Bugatti Automobiles S.A.S é uma marca de automóveis fundada por Ettore Bugatti em 1909, com sede na cidade francesa de Molsheim, na Alsácia. Depois de muitos altos e baixos, ela passou para o controle italiano em 1982, com sede em Modena, onde foram montadas 150 unidades do modelo EB 110. Mas a aventura durou pouco e em 1995 a marca entrou em falência. Em 1998 os direitos sobre a Bugatti foram adquiridos pelo Grupo Volkswagen.
A meta do Grupo VW no momento é focar 100% do seu investimento de P&D no segmento dos elétricos/híbridos e não vai mais lançar novas gerações dos seus atuais motores a combustão.
De acordo com a revista inglesa Car Magazine, o acordo, aprovado pela diretoria do grupo alemão, ainda não foi assinado pelo conselho fiscal.
A Bugatti era o negócio preferido de Ferdinand Piëch, ex-chefe do conselho de administração e depois, presidente do conselho de supervisão do grupo alemão.
Ferdinand Karl Piëch foi um engenheiro mecânico e diretor de empresa austríaco. Era neto de Ferdinand Porsche, filho de Louise Porsche Piëch e sobrinho de Ferry Porsche. Assim como outros membros das famílias Piëch e Porsche, Ferdinand era acionista da Porsche.
Ferdinand Karl Piëch morreu em 2019, hoje sua família detém 50% do controle acionário do Grupo VW. Por isso, para que o negócio de concretize ele será fechado via Porsche – Piëch, como dito anteriormente, era neto de Ferdinand Porsche. Além de ser controlada pela Volkswagen, ela tem 15% de participação na Rimac. Em troca, a montadora alemã poderá ter acesso à inovadora tecnologia para carros elétricos da Rimac.
Tempo é dinheiro, e a Volkswagen quer economizar os dois e aplicá-los em modelos eletrificados, tecnologias de digitalização e direção autônoma e frear o avanço da Tesla que, inclusive, tem uma montadora nos arredores de Berlim.
Nessa equação, a Bugatti, símbolo de outra era, não tem lugar. O foco agora é investir em carros “para o cotidiano” e não mais em “marcas de passatempo” – isto é, carros muito rápidos, caríssimos e, por isso, para poucos.
No ano passado, a montadora alemã anunciou o investimento de 60 bilhões de euros em veículos elétricos e híbridos; desse total, 33 bilhões de euros seriam destinados nos próximos cinco anos para pesquisa e desenvolvimento de carros elétricos usando a plataforma MEB (sigla para Modular Electric Drive Matrix, ou Matriz de Acionamento Elétrico Modular).
Já são dois os modelos elétricos da empresa alemã: o ID.3 e ID.4.
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