O relatório da ONU revelou um estudo do PNUD indicando que até 2050 várias cidades globais, incluindo Santos e Rio de Janeiro no Brasil, serão parcialmente submersas pelo mar, causando impactos significativos na vida de milhares de pessoas.
Lançada antes da COP28 da ONU, a pesquisa alerta que o impacto do aumento de temperaturas nas inundações costeiras aumentará cinco vezes ao longo do século, colocando mais de 70 milhões de pessoas globalmente em risco de expansão das planícies aluviais.
No Rio de Janeiro, prevê-se um aumento do nível do mar de 20 cm até meados do século e 48 cm até 2100. Em São Luís (MA) e Fortaleza (CE), estima-se que 50 cm de terra serão cobertos pelo aumento do nível do mar em menos de 80 anos.
Até 2050, centenas de cidades costeiras densamente povoadas, incluindo Santos no Brasil e Calcutá na Índia, enfrentarão um aumento significativo no risco de inundação, afetando terras que abrigam cerca de 5% da população dessas localidades.
Até 2100, essa projeção dobra, atingindo áreas ocupadas por 10% da população dessas regiões litorâneas altamente populosas.
Nos últimos 20 anos, devido à elevação do nível do mar, a extensão das inundações costeiras aumentou, resultando em mais de 14 milhões de pessoas vivendo em comunidades com uma chance anual de 1 em 20 de inundação.
Contudo, inúmeras áreas de menor altitude ao longo das costas da América Latina, África e Sudeste Asiático estão susceptíveis a uma ameaça séria de inundação permanente, representando uma tendência preocupante com potencial para desencadear uma regressão no desenvolvimento humano em comunidades costeiras ao redor do mundo.
Cenários do relatório da ONU
Em cenários de aquecimento global mais elevado, cerca de 160 mil km² de terra costeira, incluindo vastas áreas de cidades litorâneas no Equador, Índia, Arábia Saudita, Vietnã e Emirados Árabes Unidos, enfrentarão risco de inundação até 2100.
Pois os impactos da elevação do nível do mar representam uma ameaça significativa para décadas de progresso no desenvolvimento humano em zonas costeiras densamente povoadas, onde reside uma em cada sete pessoas no mundo.
Pedro Conceição, Diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD, destaca que o levantamento é afinal um “lembrete crucial para os tomadores de decisão que participarão da COP28 de que o momento de agir é agora”.
Por fim, no cenário mais desfavorável de aquecimento até 2100, cidades como Guayaquil (Equador), Barranquilla (Colômbia), Santos e Rio de Janeiro (Brasil), Kingston (Jamaica), Cotonou (Benin), Calcutá (Índia), Perth, Newcastle e Sydney (Austrália) poderiam ficar permanentemente abaixo do nível do mar, sem as devidas defesas costeiras.
De acordo com Olhar Digital.
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