As operadoras Claro, TIM e Vivo arremataram a Oi Móvel por R$ 16,5 bilhões. O leilão ocorreu na segunda-feira, dia 14 de dezembro, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para a venda da Unidade Produtiva Isolada de Ativos Móveis. Com o negócio, o Brasil passa a ter apenas três grandes operadoras de telefonia móvel.
A conclusão da venda ainda deve demorar um pouco, uma vez que o negócio precisa seguir os trâmites para aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.
A Oi espera que isso só aconteça no final de 2021.
Do montante de R$ 16,5 bilhões, R$ 15,7 bilhões são referentes aos ativos de telefonia móvel. As operadoras também pagarão R$ 819 milhões pelo uso de capacidade da Oi.
A venda da Oi Móvel estava prevista desde a divulgação do plano estratégico, em junho de 2020. A empresa precificou a UPI de Ativos Móveis em pelo menos R$ 15 bilhões. Não demorou muito até o surgirem propostas incluindo de Claro, TIM e Vivo; pouco depois, a Oi aceitou a Highline como stalking horse, posição que permite a interessada em cobrir eventuais ofertas.
No fim, a proposta da Highline venceu, mas por pouco tempo: Claro, TIM e Vivo apresentaram outra proposta vinculante com valor maior, que está válida até hoje. Isso aumentou o preço da Oi Móvel para pelo menos R$ 16,5 bilhões.
A venda, por sua vez, do braço móvel foi a solução encontrada pela Oi para sobreviver: a operadora enfrenta um longo processo de recuperação judicial com débitos que chegam na casa dos R$ 64 bilhões; a maior parte desse valor foi negociado, e a dívida líquida atingiu R$ 21,2 bilhões no 3° trimestre de 2020.
Agora, com a venda da Oi Móvel, a empresa espera encerrar o processo de recuperação judicial e focar no plano de expansão de fibra óptica para banda larga residencial. A Oi também vendeu torres, datacenters e irá leiloar no próximo ano a unidade de TV por assinatura, além de buscar um parceiro para a empresa de infraestrutura neutra InfraCo.
Segundo a Anatel, a Oi possui 36,5 milhões de linhas celulares. Isso significa que a operadora tem 15,9% do mercado de telefonia móvel no Brasil, atrás da TIM com 22,3%, Claro com 26,6% e da Vivo com 33,6%.
Divisão dos clientes da Oi:
- TIM receberá clientes de 37 DDDs;
- Claro receberá clientes de 18 DDDs;
- Vivo receberá clientes de 12 DDDs.
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