Quase como um truque de ilusão, as nuvens parecem pairar no céu, assemelhando-se a grandes “estruturas de algodão” que transportam água e campos elétricos. No entanto, a ciência está aqui para explicar os diversos fenômenos naturais, sejam eles matemáticos, biológicos, físicos, químicos ou meteorológicos, como é o caso das nuvens. Mas afinal, qual é a razão subjacente por trás da aparente flutuação das nuvens?
Apesar de sua aparência de flutuação, este efeito é uma ilusão criada pelo nosso cérebro. A realidade é que as nuvens consistem em inúmeras gotículas de água e cristais de gelo que se agrupam em torno de um núcleo que condensa a água. É a partir deste processo que surge a sensação de que as nuvens estão flutuando no céu.
Em termos simples, as gotículas de água nas nuvens são mais leves do que o ar circundante e possuem uma densidade relativamente baixa em comparação com o ar, o que cria a ilusão de flutuação. No entanto, quando as nuvens ficam carregadas de água, elas se tornam mais pesadas do que o ar e, como resultado, liberam parte dessa água na forma de chuva, neve ou granizo.
“É uma espécie de ilusão. Não é como se houvesse um travesseiro ou algo flutuando magicamente no ar. Eles estão caindo muito, muito, muito lentamente”, explicou Alex Lamers, meteorologista do Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos, em uma mensagem ao site Live Science.
O movimento das nuvens no céu é influenciado pelos ventos atmosféricos e pela instabilidade do ar, direcionando-as de um lado para o outro, dependendo das condições atmosféricas locais. À medida que essas aglomerações de gotículas se deslocam pelo céu, elas podem assumir diferentes formas, como Cirrus (nuvens de alto nível), Cumulus (nível médio a baixo), Stratus (baixo nível), Cumulonimbus (nuvens de desenvolvimento vertical) e outras.
Lamers esclarece que, mesmo antes de começar a chover, pequenas gotículas de água descem muito lentamente em direção à superfície terrestre. Isso contribui para a percepção de “flutuação”, pois as correntes ascendentes de ar as mantêm suspensas no ar, mesmo quando estão caindo gradualmente, criando a ilusão de flutuação das nuvens.
“Elas parecem flutuar porque, essencialmente, estão caindo a uma velocidade mais lenta ou igual à da corrente ascendente na nuvem. Na realidade, estão se formando e evaporando a uma taxa que as faz parecer um tanto estacionárias… Se eu retirasse toda a água daquela nuvem, provavelmente não encheria nem um galão completo”, afirmou Mark Miller, professor de ciências atmosféricas na Universidade Rutgers.
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