Uma equipe de cientistas espaciais publicou um artigo na Annual Review of Astronomy and Astrophysics sugerindo que pode haver um planeta do tamanho de Marte ou da Terra orbitando além de Netuno. Eles ainda sugerem que as simulações da criação do sistema solar mostram que tal planeta pode ter sido empurrado das regiões externas do sistema solar pelos gigantes gasosos.
Enquanto os cientistas continuam a estudar o sistema solar, eles ainda estão tentando entender não apenas como os planetas surgiram, mas por que ocupam suas órbitas atuais. Neste novo esforço, os autores notam que as simulações da evolução do sistema solar ainda não são capazes de explicar a configuração atual devido à falta de informação. E eles suspeitam que a informação ausente envolve um planeta que uma vez circulou o Sol no sistema solar externo (onde os gigantes gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno residem), mas agora existe além das bordas do sistema solar ou mesmo nas profundezas espaço.
Os autores observam que há algo estranho na configuração atual dos planetas, que tem quatro planetas rochosos internos, um cinturão de asteróides e quatro gigantes gasosos no sistema solar externo. Além dos gigantes estão planetas anões e outros objetos, como cometas. Os pesquisadores acreditam que algo está faltando. Eles afirmam que é improvável que a evolução natural de nosso sistema solar tenha quatro gigantes gasosos e nada além de anões. A lógica sugere que deve haver alguns planetas de outros tamanhos, e suas simulações os sustentam. Adicionar outro planeta do tamanho da Terra ou de Marte ao sistema solar externo, talvez entre dois dos gigantes gasosos, produz um modelo mais preciso – pelo menos durante os primeiros estágios de desenvolvimento.
Eventualmente, tal planeta teria sido empurrado para mais longe no espaço, juntando-se aos anões, ou foi conduzido até o espaço interestelar, onde viajaria sozinho. Eles concluem que, se tal planeta existe nas bordas externas do sistema solar, novos telescópios em construção podem ser capazes de localizá-lo e, assim, confirmar sua teoria.
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