É necessário mudar a forma como os medicamentos são prescritos, com muita frequência, os medicamentos são dosados incorretamente, e isso causa efeitos colaterais tóxicos ou simplesmente não funcionam.
Em uma palestra e demonstração de conceito, o médico Daniel Kraft compartilhou sua visão de um futuro de medicamentos personalizados, revelando um protótipo de impressora 3D que poderia projetar pílulas que se adaptam às nossas necessidades individuais.
Os dez medicamentos mais vendidos nos Estados Unidos só beneficiam 1 em 4 a 1 em 23 das pessoas que os tomam. Isso é ótimo se você é o número um, mas e os outros? E o pior, quando os medicamentos não funcionam, ainda podem causar efeitos colaterais.
As vezes também há o “problema” da dose, uma dose insuficiente a uma pessoa de 20 anos com 180 kg e uma superdosagem ao paciente super frágil de 70 anos. E além da idade e peso, tendemos a ignorar as diferenças de sexo e raça na dosagem.
Muitos que precisam tomar medicamentos não os estão tomando ou tomam incorretamente. Nos EUA , 40% dos adultos com mais de 65 anos têm cinco ou mais medicamentos prescritos. Às vezes 15 ou mais. E até mesmo pequenas melhorias na adesão podem economizar muito dinheiro e vidas.
“Ao pensarmos no futuro, vendo como estamos hoje, acostumados a ouvir sobre medicamento inteligente, personalizado e direcionado, Internet das Coisas, terapia genética, IA, já deveríamos estar na era da medicina de precisão. Na verdade, ainda vivemos numa era de medicina empírica, de tentativa e erro. Acho que podemos fazer melhor. E se pudéssemos reimaginar maneiras de facilitar a ingestão de medicamentos? Para obter as doses e combinações corretas e adequadas? E se pudéssemos ir além da atual realidade de cortadores de pílula e aparelhos de fax para uma época com melhores resultados, menores custos, poupando vidas e espaço no armário de remédios?”, disse Daniel.
Uma das soluções, é fazer melhor uso da polipílula. Uma polipílula é a integração de vários medicamentos num único comprimido. Hoje já há remédios para gripes e resfriados sem receita. E há estudos de polipílulas de prevenção, com combinações de estatinas, pressão arterial, aspirina, que aleatoriamente demonstraram reduzir drasticamente o risco.
“E se pudéssemos otimizar a polipílula personalizada? Seria criada e baseada em você, poderia se adaptar a você, todos os dias. Estamos na era da impressão 3D, imprimimos aparelhos ortodônticos personalizados, aparelhos auditivos e ortopédicos.”, acrescentou o médico.
Como funciona
Em vez de comprimidos inteiros, temos “micromeds”, um ou dois miligramas cada, classificados e selecionados com base na dose e combinação necessárias para um indivíduo. E, claro, estas seriam doses e combinações de medicamentos que já podemos tomar.
A inovação poderia mudar a farmacocinética sobrepondo profissionalmente diferentes elementos nos micromeds individuais. E quanto a impressão, é feito a combinação de medicamentos que podem ser necessários em qualquer dia, individualmente.
Seria iniciado com medicamentos genéricos para os problemas mais comuns. Cerca de 90% dos medicamentos prescritos hoje são genéricos de baixo custo. Uma vez impressa a pílula, podemos ter recursos adicionais divertidos. Poderíamos imprimir o nome do paciente, a data, o dia da semana, um código QR. Poderíamos imprimir diferentes remédios para reduzir a dose de um esteroide ou de medicamentos para a dor.
Essa é uma daquelas inovações que nos faz reimaginar o futuro da medicina de novas maneiras, estamos indo para uma era de medicamentos personalizados, precisos e sob demanda, que possa nos levar a individualizar nossa própria saúde e a saúde e medicina em todo o planeta.
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