A partir de 2027, a vida dos usuários de celulares promete simplificar com a obrigatoriedade de baterias removíveis, uma decisão resultante de anos de discussão pelo braço executivo da União Europeia. Na semana passada, foi finalizado o regulamento que impõe essa mudança. Gigantes do setor, incluindo Apple, Motorola, Samsung e Xiaomi, terão um período para ajustar o design de seus dispositivos.
Na prática, os europeus estão colocando em ação a ideia de que todos os smartphones devem possuir bateria removível e substituível. Nos dias atuais, é uma prática comum enviar o aparelho para assistência técnica quando a bateria não está mais em bom estado. No entanto, em muitos casos, o custo desse serviço pode ser tão elevado que acaba sendo mais viável adquirir um novo telefone.
O impacto no Brasil e no restante do mundo
Embora a decisão tenha abrangência nos 27 países do bloco econômico, seu impacto deve ser sentido globalmente. O site de notícias Mashable destaca que é pouco provável que as grandes empresas do setor optem por projetar duas versões distintas de seus futuros smartphones – uma sem bateria removível para o mercado global e outra com essa característica exclusivamente para o mercado europeu.
O desenvolvimento desta narrativa tende a assemelhar-se ao processo de adoção do USB-C como uma porta de carregamento universal para dispositivos eletrônicos. Após a decisão da União Europeia, a expectativa agora se volta para o lançamento do iPhone 15 pela Apple, onde é previsto que o conector Lightning seja finalmente substituído. Este evento é esperado para ocorrer em meados de setembro.
O Direito ao Reparo
O movimento conhecido como “right to repair” (ou direito ao reparo, em tradução livre) está ganhando força em diversas regiões do globo. No Brasil, inclusive, existem Projetos de Lei como o 5421/2019 e o 6151/2019, que buscam estabelecer mecanismos que permitam aos compradores de produtos eletrônicos realizar a substituição de peças por conta própria, sem depender de terceiros.
Tanto a Apple quanto a Samsung estão tomando medidas para fornecer manuais e componentes aos consumidores. A gigante sul-coreana, por exemplo, disponibilizou um amplo material relacionado aos modelos Galaxy S20, S21 e S22 em junho.
A imprensa dos Estados Unidos, no entanto, tem destacado em diversas ocasiões que o processo de reparo ainda é complexo e muitas vezes é mais prático recorrer a técnicos especializados para lidar com a questão.
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos! 
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.
