A startup norte-americana Atom Computing anunciou um notável marco na computação quântica, com a superação da marca de 1.000 qubits em seu processador quântico. Indo além, o chip desenvolvido pela empresa tem a capacidade de abrigar até 1.225 qubits, dos quais 1.180 já estão operacionais. Esse feito ultrapassou significativamente o recorde anterior, detido pela IBM com seu chip Osprey, que continha 433 qubits.
O diferencial da abordagem da Atom reside no uso de qubits atômicos em vez dos qubits supercondutores tradicionais encontrados em processadores quânticos convencionais, como os da IBM e do Google. Com essa tecnologia, os dados são armazenados em átomos individuais, embora a manipulação precisa de átomos individuais ainda seja um desafio em andamento.
A Atom Computing utiliza átomos neutros do elemento itérbio para criar qubits cuja base é o spin do núcleo atômico, conferindo-lhes uma notável resistência a interferências em comparação com os qubits de elétrons. Além disso, esses qubits mantêm informações seguras por 40 segundos, enquanto os qubits supercondutores, usados em processadores quânticos mais avançados da IBM, retêm informações por meros 80 microssegundos.
A escolha de átomos neutros apresenta outra vantagem: a falta de carga elétrica e a ausência de forças eletrostáticas permitem que eles sejam dispostos em proximidade, resultando em processadores menores. Esses átomos são controlados e manipulados por meio de lasers e pinças ópticas. Isso simplifica a adição de mais qubits, um elemento essencial para a criação de uma computação quântica tolerante a falhas.
Robert Hays, presidente da Atom Computing, ressaltou a importância de dimensionar para um grande número de qubits como chave para o desenvolvimento da computação quântica tolerante a falhas. A empresa planeja disponibilizar seu computador quântico pela internet no próximo ano, trabalhando em colaboração com parceiros para explorar aplicações de curto prazo que aproveitem esses sistemas de maior escala.
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