O rotor mais rápido do mundo faz 60 bilhões de revoluções por minuto, e é 100 mil vezes mais rápido que uma broca dentária de alta velocidade. Esta nova tecnologia será usada no estudo de mecânica quântica.
“Este estudo tem muitas aplicações, incluindo até mesmo a ciência material. Nós podemos estudar as diferentes condições em que os materiais conseguem existir”, afirmou Tongcang Li, professor assistente da Universidade Purdue, nos Estados Unidos.
A equipe sintetizou um minúsculo haltere feito de sílica, que fica levitado com a ajuda de um laser no vácuo. Este laser funciona de duas formas: 1; em linha reta ou 2; em círculos. Quando ele está linear, este haltere vibra, e quando ele está circular, este haltere gira. Conforme figura abaixo:
Um haltere que gira funciona como um rotor, enquanto um haltere que vibra funciona como um instrumento para medir pequenas forças e torques.
Esses equipamentos foram utilizados para estudar a constante gravitacional e a densidade da Terra, mas Li espera que elas se tornem mais avançadas e que permitam o estudo da mecânica quântica e também das propriedades do vácuo.
A mecânica quântica é uma teoria fundamental da física que descreve a natureza nas menores escalas de níveis de energia de átomos e partículas subatômicas existentes. “As pessoas dizem que não tem nada no vácuo, mas na física sabemos que ele não é vazio”, explica Li.
“Tem muitas partículas vitais que podem perdurar alguns momentos e depois desaparecer. Queremos saber o que realmente acontece ali, e é por isso que queremos o medidor de equilíbrio de torque mais sensível possível”, continua explicando o pesquisador Li.
A observação deste pequeno rotor também deve trazer mais informações sobre o atrito e gravidade no vácuo. Entender esses mecanismos é um objetivo muito importante para a geração moderna de física.
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