Cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, desenvolveram um algoritmo de inteligência artificial (IA) capaz de prever com 80% de precisão se uma pessoa poderá sofrer um ataque cardíaco nos próximos dez anos, o melhor resultado alcançado até agora e que excede as previsões dos próprios médicos.
A cada ano, 20 milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido a doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos, trombos arteriais ou outras deficiências circulatórias, conforme indicado na revista Science. A previsão desse tipo de evento é muito complicada pelos médicos, então os cientistas vêm tentando há algum tempo desenvolver uma IA capaz de prever isso.
Para desenvolver o algoritmo, os autores do estudo analisaram registros médicos de 378.256 pacientes britânicos por dez anos, com o objetivo de buscar padrões nos dados de pessoas que acabaram sofrendo de um ataque cardíaco.
Para isso, a IA teve que aprender “sozinha”, então eles usaram processos de aprendizado automáticos com 78% dos dados (295.267 registros) para criar diretrizes com os seus próprios.
E, mais tarde, com as informações disponíveis, a IA faz uma previsão para os próximos dez anos com base nessas novas diretrizes para os dados que não havia usado, quase 83.000 registros.
Os resultados obtidos pelos cientistas da Universidade de Nottingham melhoram os do estudo de referência anterior, um guia apresentado em 2015 pela American Heart Association e pelo American College of Cardiology. Atualmente, este guia é usado por médicos de todo o mundo.
Aplicando os dados do guia, os pesquisadores obtiveram uma precisão maior que 72%, comparado a 80% do algoritmo. A diferença entre os dois estudos envolveria salvar a vida de 355 pacientes dos 83 mil analisados. E se for finalmente usado, poderá salvar milhões de vidas por ano em todo o mundo, segundo a Science.
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