O Telescópio Espacial Hubble recentemente realizou uma observação intrigante de uma galáxia com aproximadamente 11 bilhões de anos de idade. O método adotado pelos astrônomos, no entanto, apresenta uma abordagem única. Em vez de analisar a luz emitida por essa galáxia, os pesquisadores optaram por examinar a luz que ela absorve.
Essa estratégia é empregada quando uma galáxia está posicionada à frente de um objeto celestial mais luminoso. Conforme a luz proveniente do objeto de fundo atravessa a galáxia em primeiro plano, o gás e a poeira presentes nela absorvem determinados comprimentos de onda específicos do objeto de fundo, com base em sua composição química.
A absorção de luz pela galáxia em primeiro plano resulta na criação de lacunas na luz do objeto de fundo observada pelos cientistas, permitindo uma compreensão mais detalhada da trajetória que essa luz percorreu até alcançar o telescópio. Os quasares, que residem no centro de formações galácticas e emitem jatos de radiação intensamente brilhantes, são objetos de fundo particularmente úteis para os astrônomos.
Para identificar galáxias absorventes, a estratégia inicial envolve a busca por quasares que apresentem um tom especialmente avermelhado. Isso ocorre porque a poeira estelar tende a absorver a luz azul, enquanto permite a passagem da luz vermelha. Portanto, se houver uma galáxia empoeirada no primeiro plano, o quasar exibirá uma coloração avermelhada.
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Johan Fynbo, astrônomo, explicou esse processo em um comunicado.
Várias galáxias já foram investigadas utilizando esse método, no entanto, os desafios para os pesquisadores residem na detecção da própria luz emitida por essas galáxias. Os quasares funcionam como faróis intensos, enquanto as galáxias em primeiro plano são como vaga-lumes, tornando praticamente impossível identificar a sua emissão luminosa.

A luz proveniente da galáxia observada pelo Telescópio Hubble ainda não foi conclusivamente identificada, mas os padrões de absorção por ela apresentados são notáveis. Ela absorve uma quantidade significativamente maior de luz em comparação com outras formações galácticas analisadas da mesma maneira, sugerindo que essa galáxia pode ser mais antiga e madura do que a nossa própria Via Láctea.
Adicionalmente, os cientistas observaram que essa galáxia está passando por um intenso processo de formação de novas estrelas e está interagindo com outra formação galáctica. Atualmente, os pesquisadores estão ansiosos para conduzir observações complementares com o auxílio de outros telescópios, na esperança de identificar a luz emitida por essa galáxia.
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