Pesquisadores do MIT estão desenvolvendo uma câmera que pode ler livros fechados. Na última edição da Nature Communications, os pesquisadores descreveram um protótipo do sistema, que eles testaram em uma pilha de papéis, cada um com uma letra impressa sobre ele. O sistema foi capaz de identificar corretamente as letras sobre as nove folhas superiores. O equipamento usa radiação terahertz, o que possibilita ver o conteúdo dentro de um livro sem abri-lo.
“O Metropolitan Museum de Nova Iorque mostrou muito interesse no equipamento, porque eles querem, por exemplo, ver o conteúdo de alguns livros antigos sem que seja preciso tocar neles”, diz Barmak Heshmat, cientista do MIT um dos autores da câmera. Ele ainda acrescenta, “o sistema poderia ser usado também em peças de máquinas, produtos farmacêuticos e em outros”.
A equipe idealizadora do projeto (Barmak Heshmat, Ramesh Raskar e Albert Redo Sanchez) e da Georgia Tech (Justin Romberg e Alireza Aghasi) escolheram a radiação terahertz devido à forma como ela reage com diferentes substâncias químicas. Diferentes substâncias químicas produzem distintas frequências conforme reagem com frequências terahertz, que podem ser medidas e distinguidas. Neste caso, permite que os pesquisadores saibam a diferença entre um papel com tinta e outro sem.
Essa radiação terahertz fica entre as microondas e os espectros infravermelhos. Para traduzir as frequências é necessário algoritmos complexos e softwares, que permitem a distinção de letras em uma página.
Por enquanto, a câmera terahertz consegue com precisão calcular a distância a uma profundidade de até 20 páginas, mas ela apenas consegue distinguir caracteres em um livro com profundidade de até 9 páginas.
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