A revolução das redes neurais ópticas está impulsionando a inteligência artificial para novos horizontes, utilizando a luz como veículo de processamento em vez da eletricidade convencional. Essa abordagem promete uma velocidade e capacidade computacional sem precedentes, essenciais para lidar com as demandas presentes e futuras da computação.
No entanto, para desbloquear todo o potencial dessas redes neurais ópticas, são necessários avanços contínuos. Um marco recente nesse avanço foi alcançado por uma equipe conjunta do Instituto Max Planck para a Ciência da Luz, na Alemanha, e do MIT, nos EUA, que apresentou uma plataforma inovadora permitindo a reconfigurabilidade dessas redes neurais fotônicas.
Liderados por Steven Becker, os pesquisadores introduziram uma nova dimensão ao aprendizado de máquina fotônica: ondas sonoras. Ao criar ondas acústicas temporárias em fibras ópticas padrão, os pulsos de luz são parcialmente convertidos, mantendo a informação mesmo após sua partida. Essas ondas acústicas então alimentam várias etapas de processamento subsequentes, prolongando o tempo de transmissão da informação e permitindo a conexão dinâmica em diferentes momentos.

O controle total desse processo pela luz confere-lhe uma velocidade extraordinária e elimina a necessidade de estruturas e transdutores complexos. O resultado é uma nova classe de computação neuromórfica óptica que pode ser reconfigurada espontaneamente, prometendo avanços significativos na computação na memória em larga escala, diretamente integrada às redes de telecomunicações existentes.
Além disso, essa abordagem oferece vantagens para implementações em chips, utilizando guias de onda fotônicos sem a necessidade de controles eletrônicos adicionais. O primeiro componente demonstrado pela equipe, o operador recorrente batizado de Oreo, proporciona contexto para cada etapa de cálculo realizada, facilitando a captura de informações contextuais semelhante às redes neurais tradicionais.
Essa inovação representa uma mudança fundamental no paradigma da computação fotônica, impulsionada pelo uso pioneiro de ondas sonoras, e promete transformar radicalmente o campo da inteligência artificial baseada em luz.
Fonte: Inovação Tecnológica
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