As vitaminas C e D são cruciais para o suporte imunológico, desempenhando funções vitais na defesa contra vírus e bactérias. Controlar seus níveis no corpo é fundamental para manter uma saúde ótima.
Atualmente, os métodos disponíveis para essa detecção exigem equipamentos de laboratório caros, operados por profissionais especializados, e a coleta de sangue, gerando resíduos prejudiciais. Além disso, detectar e analisar essas duas vitaminas simultaneamente com o mesmo volume de amostra é desafiador.
O líder da pesquisa, Thiago Martins, ressalta que a flexibilidade do chip permite seu uso imediato no local de atendimento e pode ser integrado como sensor vestível, mordedor bucal ou aplicado diretamente na pele.
O chip bioeletrônico incorpora dois sensores distintos que usam corrente elétrica para detectar cada uma das vitaminas. O sensor para a vitamina D é composto por nitreto de carbono grafítico e nanopartículas de ouro, enquanto o sensor para a vitamina C utiliza nanopartículas de carbono.
O processo é simples: conecte o chip a um dispositivo eletrônico portátil, insira uma amostra de saliva ou soro sanguíneo e aguarde os sinais de corrente elétrica que indicam a presença e os níveis das vitaminas. O resultado é obtido em menos de 20 minutos, tornando o procedimento rápido e eficiente.
Martins enfatiza que ao imobilizar espécies eletroquimicamente ativas na superfície de um dos sensores, foi possível simplificar o dispositivo e reduzir a complexidade da análise.
Para desenvolver o chip bioeletrônico capaz de detectar vitaminas C e D, os pesquisadores enfrentaram o desafio de garantir que não houvesse interferência entre essas vitaminas. Isso exigia que a presença de uma vitamina não afetasse a detecção da outra no mesmo volume de amostra.
“Para atingir esse objetivo, desenvolvemos duas áreas de trabalho distintas, ou seja, dois sensores no chip, com químicas de superfície diferentes, e os configuramos para operar em diferentes potenciais elétricos,” explicou Thiago.
A seletividade e especificidade do chip foram confirmadas por meio de experimentos de controle, que avaliaram possíveis interferências de substâncias comumente encontradas em amostras de soro e saliva humana, como vitamina B12, vitamina B6, vitamina B1, vitamina B3, glicose, lactato, cloreto de sódio e cloreto de potássio.
Os cientistas veem potencial para expandir o dispositivo para detectar outros biomarcadores, incluindo aqueles relacionados a vários tipos de câncer.
De acordo com Jornal da USP.
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