Adolescente chinês cria celular sustentável e dobrável. Conheça o celular dobrável feito com lixo reciclável de inventor de 17 anos da China. Criação ganhou destaque e chamou a atenção de empresas.
Sabe aquele tipo de história que a gente acha que só vê em filme? Pois é, dessa vez aconteceu de verdade e com um detalhe ainda mais curioso: foi protagonizada por um jovem de apenas 17 anos, lá da China. O nome dele é Lan Bowen e, usando peças velhas de celular e uma impressora 3D barata, ele montou um celular dobrável feito com lixo reciclável, tudo isso por conta própria e com muita criatividade. O mais surpreendente? O garoto nem terminou a escola ainda.
Lan estuda na Escola Secundária Yiling, na província de Hubei, e mesmo sendo só um estudante, ele já mostrou que pensa como gente grande. Ele ficou famoso nas redes sociais chinesas depois de postar um vídeo mostrando como criou o aparelho. Em poucos dias, o vídeo bateu mais de 5 milhões de visualizações. E não é pra menos: ele fez tudo praticamente sozinho e com peças que iriam pro lixo.
Como ele fez o celular dobrável com lixo reciclável?
Lan usou cinco celulares antigos, desmontou tudo e reaproveitou o que podia. Com uma impressora 3D que custou 250 euros, ele criou o corpo do aparelho e usou cinco pedaços de tela diferentes para montar uma tela dobrável que realmente funciona. Ele teve que testar várias vezes até achar o jeito certo de fazer a tela dobrar sem quebrar ou dar erro.
O modelo final se dobra pra fora, diferente da maioria dos celulares dobráveis que a gente vê por aí, que se dobram pra dentro.
O design ficou bem diferente, lembrando uma mistura de Nokia com iPhone, só que com uma pegada mais moderna. Muita gente nas redes sociais achou o estilo ousado e elogiou bastante, principalmente pela coragem de sair do comum e tentar algo novo.
Vídeo viral e simplicidade que conquista
No vídeo que viralizou, Lan mostra com detalhes como fez tudo funcionar: desmonta, explica as peças, monta de novo e ainda mostra o celular funcionando direitinho. Ele faz isso com tanta naturalidade que parece até que já trabalha com isso há anos. Mas o mais legal é que ele fala de um jeito simples, sem aquele papo técnico difícil que a maioria dos especialistas costuma usar.
Mesmo tendo criado algo tão diferente, Lan conta que tem dificuldade com várias matérias da escola. Só se dá bem mesmo em inglês e geografia. Mas isso não o impediu de meter a mão na massa e mostrar ao mundo que dá pra aprender coisas incríveis fora da sala de aula também.
Repercussão da invenção e olhos da indústria
Com o vídeo bombando, não demorou muito pra galera do mundo da tecnologia prestar atenção. Uma das maiores fabricantes de celulares da China, a Vivo, elogiou publicamente a invenção de Lan. Eles chegaram a dizer que estão ansiosos pra ver o que mais ele vai criar no futuro. Já tem gente chamando o garoto de “mini Lei Jun”, fazendo referência ao fundador da Xiaomi, uma das gigantes do setor.
Quem assistiu ao vídeo também comentou sobre o talento do adolescente não só pra montar coisas, mas também pra se comunicar. Ele tem um jeito de explicar que prende a atenção e torna tudo mais fácil de entender — algo raro até entre adultos experientes da área.
O que isso ensina pra gente?
Esse tipo de história mostra que nem sempre é preciso ter muito dinheiro, faculdade ou equipamentos caros pra começar a fazer algo grandioso. O mais importante é ter curiosidade, criatividade e força de vontade. Lan pegou sucata e transformou em tecnologia de ponta — e isso não é exagero.
Num mundo onde a maioria das pessoas só consome, ele foi lá e criou. E mais: reaproveitou o que seria jogado fora, o que também traz uma ideia muito importante de sustentabilidade e reaproveitamento de materiais eletrônicos, que geralmente são descartados de maneira errada e poluem o meio ambiente.
Além disso, o celular dobrável criado por Lan levanta um ponto interessante: por que a indústria ainda não pensou num design que se dobra pra fora? Talvez por medo de arriscar. Mas ele, com 17 anos e pouca estrutura, foi lá e arriscou. E acertou.
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Fonte: South China Morning Post
