No dia 1º de novembro, ocorreu a quarta caminhada espacial inteiramente feminina da história, realizada por duas astronautas da NASA fora da Estação Espacial Internacional (ISS). Durante o evento, uma maleta de ferramentas foi extraviada no espaço, e a agência já prevê sua possível reentrada na atmosfera terrestre.
Jasmin Moghbeli e Loral O’Hara, astronautas da NASA, conduziram uma caminhada espacial na semana passada, iniciando os trabalhos às 9h05 (horário de Brasília) da quarta-feira (1º) e encerrando após seis horas e 42 minutos. Suas tarefas incluíram a substituição de um dos 12 conjuntos de rolamentos na matriz de energia solar da Estação Espacial Internacional (ISS), a correção de um cabo que interferia em uma câmera externa e o armazenamento de uma caixa de comunicações chamada Grupo de Radiofrequência, embora esta última atividade não tenha sido concluída devido à falta de tempo. Durante a caminhada espacial, uma mala de ferramentas foi perdida, interrompendo temporariamente as operações.
Segundo um comunicado da NASA, a equipe de controle de missão detectou a mala de ferramentas por meio de câmeras externas da estação. Após analisar a trajetória do objeto, concluiu-se que o risco de colisão com a ISS é mínimo, e tanto a estrutura da estação quanto a tripulação a bordo estão seguras, não havendo necessidade de adotar nenhuma ação adicional.
A estimativa inicial sugere que a mala de ferramentas deverá reentrar na atmosfera da Terra por volta do dia 21 de abril de 2024, com uma margem de erro de 84 horas, podendo ocorrer até três dias e meio antes ou depois dessa data. Segundo Marcelo Zurita, do Olhar Digital e presidente da Associação Paraibana de Astronomia e membro de importantes entidades astronômicas, determinar o local exato de queda é um desafio devido à incerteza associada a eventos de reentrada espacial com essa antecedência.
Incidentes desse tipo não são frequentes, mas podem ocorrer. Durante as caminhadas espaciais, os astronautas normalmente têm seus equipamentos presos por cordas de segurança, mas em determinados momentos, como ao alcançar outras partes da estação, eles precisam soltar esses dispositivos. Em velocidades superiores a 28.000 km/h, um erro mínimo pode resultar na perda permanente dos instrumentos.
Marcelo Zurita afirma que a mala de ferramentas não chegará intacta à Terra, pois o calor gerado durante a reentrada na atmosfera provavelmente fará com que a maioria dos objetos derreta. Se por acaso algo sobreviver, resgatá-lo seria uma tarefa extremamente desafiadora, requerendo um monitoramento constante e preciso do objeto, o que é bastante complicado.
Jasmin Moghbeli e Loral O’Hara, astronautas da NASA, conduziram a quarta atividade extraveicular (EVA) totalmente feminina da história, realizando uma série de tarefas do lado de fora da Estação Espacial Internacional (ISS). Suas funções incluíram a substituição de um conjunto de rolamentos da matriz de energia solar da ISS, ajustes em um cabo que causava interferência em uma câmera externa, entre outras. A perda de uma mala de ferramentas impediu a conclusão de todas as tarefas. Anteriormente, a astronautas Christina Koch e Jessica Meir também conduziram três caminhadas espaciais totalmente femininas em 2019 e 2020.
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