Muitas vezes, confiamos na eficiência dos computadores em relação aos seres humanos, mas os cérebros humanos são incrivelmente ágeis na interpretação de informações complexas com precisão e economia de energia, desempenhando tarefas como o reconhecimento facial e a diferenciação entre elementos, que são desafiadoras para os computadores.
Os computadores neuromórficos, que imitam o funcionamento do cérebro, estão avançando na busca por máquinas altamente eficientes em termos energéticos. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego alcançaram um marco importante, descobrindo que estímulos elétricos entre componentes neuromórficos podem afetar eletrodos distantes, um fenômeno conhecido como não-localidade. Isso poderia impulsionar o desenvolvimento de componentes e circuitos que imitam funções cerebrais, prometendo não apenas maior velocidade de cálculo, mas também paralelismo massivo no processamento.
O professor Alex Frañó, líder da equipe, enfatizou a importância dessas interações não-locais para o funcionamento do cérebro, que agora estão sendo replicadas em materiais sintéticos.
Comportamento Não-Local em Materiais Quânticos
Recentemente, a ideia de que materiais sintéticos poderiam exibir comportamento não-local surgiu. Uma equipe desenvolveu uma demonstração prática usando uma cerâmica, inserindo íons de hidrogênio e conectando-a a um eletrodo metálico. Esse material quântico, uma perovskita à base de níquel, mantém estados não-voláteis quando estimulado eletricamente, permitindo a criação de caminhos condutores sem conexões físicas entre fios. Isso abre caminho para uma abordagem mais simples e eficiente na criação de circuitos elétricos, sem a necessidade de conexões contínuas entre fios, com implicações significativas na inteligência artificial e na computação neuromórfica.
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