Na última quarta-feira (15), o Sol brindou os observadores terrestres com uma série de erupções poderosas, desencadeando blecautes de rádio no Oceano Atlântico. Essas ocorrências foram atribuídas a uma mancha solar em ascensão, visível na borda oeste do disco solar, e que está prevista para se alinhar com a Terra na próxima semana.
Segundo informações do Boletim do Solar Influences Data Analysis Center, do Royal Observatory of Belgium, o Sol registrou dois eventos significativos. O primeiro, e mais impressionante, foi classificado como X3.4, atingindo seu pico às 05:37 (horário de Brasília). Logo em seguida, uma segunda explosão de classe X2.9 ocorreu às 14:38.
Na escala de classificação de explosões solares, a designação X indica os eventos mais poderosos que nossa estrela pode produzir. Essa classe é subdividida em níveis de energia em raios X, normalmente variando de 1 a 10, embora o Sol já tenha liberado eventos muito além do nível X10.
A mancha solar responsável por esses fenômenos é identificada como AR3685, uma região magneticamente ativa ainda envolta em certo mistério, pois está apenas parcialmente visível para as sondas espaciais que monitoram o Sol. Conforme essa mancha se desloca em direção ao centro do disco solar, espera-se que os astrônomos possam coletar mais dados e obter uma compreensão mais precisa de suas características.
Há suspeitas de que a AR3685 possa estar relacionada à antiga AR3654, que foi responsável por várias erupções de classe M (média), incluindo um evento M9.5, durante a rotação solar anterior. Isso sugere que a AR3654 pode ter sobrevivido tempo suficiente para completar uma rotação adicional ao redor do Sol.
Outra região ativa a ser monitorada é a AR3679, que exibe um conjunto de manchas com uma configuração beta-gama-delta. Essas características indicam uma complexidade magnética que pode potencialmente desencadear erupções solares significativas, incluindo eventos de classe X.
Fonte: spaceweather.com
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