Uma descoberta surpreendente em uma caverna escondida no Parque Nacional Khao Sam Roi Yot, na Tailândia, pode transformar nossa compreensão da história humana. Arqueólogos encontraram ali o esqueleto mais antigo já descoberto na região, um achado que promete reescrever o passado.
Os restos pertencem a uma criança, apelidada de “Pangpond” em homenagem a um querido personagem de animação tailandês. Segundo os cientistas, a posição onde os ossos foram localizados sugere que os humanos ocuparam essa área dezenas de milhares de anos antes do que se imaginava. Exames detalhados revelaram que o esqueleto tem mais de 29 mil anos, um marco que ultrapassa em muito os registros anteriores da Tailândia.
O Departamento de Belas Artes (FAD) conduziu a escavação com extremo cuidado, trazendo à luz um sepultamento que parece ter sido planejado. A criança, que tinha entre 6 e 8 anos quando morreu, foi enterrada com a cabeça apontando para o sudoeste e os dedos dos pés se tocando, indicando que o corpo pode ter sido envolto ou preso antes de ser colocado no solo. Esses detalhes apontam para um ritual funerário, oferecendo um vislumbre das crenças e costumes daquela época distante.
A caverna onde tudo isso foi encontrado, chamada Caverna Din, fica a 125 metros acima do nível do mar e já era conhecida desde 1996, quando pinturas rupestres pré-históricas foram avistadas pela primeira vez. Agora, ela se revela ainda mais valiosa. O esqueleto sugere que o Sudeste Asiático foi habitado muito antes do que se pensava, numa era em que o nível do mar era bem mais baixo. Naquele tempo, uma vasta extensão de terra chamada Sundaland unia grande parte da região, facilitando a vida e os deslocamentos humanos. Esse achado é uma prova concreta de como nossos antepassados se adaptaram e prosperaram ali.
Além dos ossos, a Caverna Din guarda outros tesouros: fragmentos de cerâmica, ferramentas polidas e câmaras decoradas com pinturas vermelhas de figuras humanas, animais e formas abstratas. Esses vestígios contam uma história longa, que vai desde os tempos dos caçadores-coletores até as sociedades agrícolas do Holoceno, revelando uma cultura rica e complexa.
Esse achado na Tailândia não está sozinho no cenário arqueológico. Recentemente, um túmulo pré-histórico foi descoberto por acaso na Alemanha, enquanto na Grécia escavações expuseram um complexo religioso antigo. Há também desenhos rupestres que podem lançar luz sobre os primórdios da escrita. Juntas, essas descobertas mostram como o passado ainda tem muito a nos ensinar.
A Caverna Din, com suas pinturas e agora esse esqueleto extraordinário, firma-se como um portal para os primórdios da humanidade, desafiando o que sabíamos e nos convidando a olhar mais fundo nas raízes de nossa existência.
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