Os pesquisadores foram além e desenvolveram uma tinta ultra branca que conseguia ser ainda mais clara. Logo, quando se pensava que não era possível ir além, eles superaram e criaram uma tinta que não é só ainda mais clara, mas ainda mais fria que as formulações anteriores desenvolvidas por eles.
“Se você usasse essa tinta para cobrir uma área de telhado de cerca de 9,29km², estimamos que você poderia obter uma potência de resfriamento de 10 quilowatts”, disse o professor de engenharia mecânica da Purdue, Xiulin Ruan. “Isso é mais poderoso do que os condicionadores de ar centrais usados pela maioria das casas”, completou o professor.
De acordo com os pesquisadores, este tom pode ser o equivalente do branco ao “Vantablack”, que é considerado o “preto mais preto”, que chega a absorver até 99,9% de toda a luz visível. Os engenheiros afirmam que essa formulação de tinta mais branca reflete até 98,1% da luz solar recebida e ainda envia o calor infravermelho para longe da superfície ao mesmo tempo.
As tintas comercializadas atualmente ficam mais quentes ao invés de mais frias, pois elas são projetadas para rejeitar calor entre 80% e 90% da luz solar recebida, sem o benefício de tornar as superfícies mais frias que um ambiente.
Para chegar a esse nível de brancura, foram utilizadas duas características fundamentais, sendo a primeira delas a concentração do sulfato de bário, um composto químico que é utilizado para tornar papéis fotográficos e cosméticos ainda mais brancos.
A outra também está relacionada ao sulfato de bário, que têm dimensões diferentes. O tamanho de cada partícula interfere no quanto ela espalha a luz, sendo assim, quanto mais ampla a gama de tamanho de partículas, mais a tinta pode se espalhar no espectro de luz do sol.
Os planos para criar uma tinta que atinja o “branco mais branco” para ser uma alternativa viável aos ar condicionados vem desde a década de 70, entretanto, somente há seis anos o grupo de pesquisa do professor Xiulin Ruan começou a desenvolver seus compostos. Ao todo, foram cogitados mais de 100 materiais, sendo 10 deles testados em pelo menos 50 formulações diferentes.

Os pedidos de patente para a formulação da tinta branca mais branca já foram depositados no Escritório de Comercialização de Tecnologia da Fundação de Pesquisa de Purdue. Ainda de acordo com os pesquisadores, a técnica usada para criar a tinta é compatível com o processo de fabricação de tintas comerciais.
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos! ?
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.