O concreto é um dos materiais mais amplamente utilizados na construção e, apesar de suas vantagens, como permitir construções de arranha-céus e reduzir as emissões por meio da alta densidade urbana, a verdade é que seu impacto líquido é alto. Acredita-se que seja responsável por 8% das emissões de gases de efeito estufa. É claro que precisamos de um concreto com baixo teor de carbono. Quais são as opções e alternativas, e suas vantagens e desvantagens?
O que é concreto de baixo teor de carbono?
O concreto de baixo teor de carbono é aquele que emite pouco CO₂ na atmosfera, sendo que alguns tipos de concreto são neutros ou até mesmo negativos em carbono. Existem várias maneiras de se obter esse tipo de concreto.
Opções e alternativas para produção de concreto de baixo teor de carbono:
- Injetar CO₂ gasoso extraído durante a criação do cimento no concreto durante o processo de mistura.
- Vantagem: estimativa de redução de 5% nas emissões durante a produção.
- Desvantagem: o concreto fica saturado e não absorve tanto CO₂ conforme envelhece.
- Agregado derivado da sequestro de carbono.
- Vantagem: altamente eficiente e requer pouco energia.
- Desvantagem: legitima esses tipos de usinas de energia.
- Materiais à base de escória ativados por carbonatação.
- Vantagens: reutilizam um subproduto industrial e são tecnicamente negativos em carbono.
- Desvantagem: são extremamente caros e só podem ser usados em fábricas de concreto pré-fabricado.
- ‘Concreto’ de baixa temperatura.
- Desvantagem: ajusta muito rapidamente e reduz o CO₂ em até 70%.
- Desvantagem: suporta uma carga muito menor e é usado em aplicações que já têm uma alternativa com outros produtos, como tijolos.
- Usar geopolímeros em vez de cimento Portland.
- Vantagem: altamente durável.
- Desvantagem: excepcionalmente caro.
O futuro do concreto
Fazer uma tonelada de cimento Portland emite uma tonelada de CO₂ na atmosfera. Portanto, o concreto é a principal fonte de carbono incorporado em edifícios. Mudanças são essenciais:
● Reduzir a dependência do concreto de cimento Portland, usando misturas alternativas, se possível, derivadas de materiais de processos de baixo carbono.
● Maximizar a vida útil dos edifícios em que o concreto é usado e prestar atenção especial ao tipo de infraestrutura a ser implementado com ele.
● Introduzir prêmios verdes para processos mais caros, mas mais limpos, como no caso da geração de energia solar, uma vez inacessível e agora a mais barata.
Segundo Vaclav Smil, um dos principais especialistas mundiais em energia, uso e impacto, o mundo não pode viver sem concreto. Ele tem muitas vantagens. Apesar de seu impacto líquido, economiza emissões impedindo a expansão urbana e maximizando a durabilidade. Mas precisamos de alternativas.
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