Na semana passada, estávamos conversando sobre como são interessantes, em muitos aspectos, as “Feiras de Projetos” que normalmente são realizadas em boas instituições de ensino. Elas são excelentes fontes de boas ideias, se forem bem conduzidas, além de apresentarem um grande incremento na motivação e aprendizagem para todos os participantes.
No entanto, após a premiação e encerramento festivo, as atividades relativas à feira não devem parar, mas sim ter continuidade em outras, tão importantes quanto a própria feira. Afinal, tanto a preparação quanto a execução da feira custaram muito “fosfato”, esforço de todos, e mesmo despesas, às vezes significativas… E mesmo não se podem perder verdadeiras joias em termos de criatividade e inovação que muitas vezes são “garimpadas” durante sua realização…
Por exemplo, se no julgamento foram apuradas ideias que possam ter valor comercial e mercadológico, como reais inovações, mesmo que sejam incrementais, elas devem ser cultivadas e orientadas para um possível aproveitamento posterior. As equipes responsáveis por elas, se assim o desejarem, devem ser colocadas em contato com especialistas do setor produtivo, para orientações e aperfeiçoamento. Seus participantes também devem ser orientados para cuidados com propriedade intelectual e eventuais negociações que lhes sejam propostas. Quanta aprendizagem sobre o mundo real pode ser auferida com esse processo, além da possibilidade de remuneração às equipes, instituição de ensino, e mesmo professores orientadores! De fato, já constatei várias vezes que essa minha afirmativa é uma realidade, ou seja, pequenos projetos de feiras revelaram grandes empreendedores e se tornaram grandes empresas…
Para tal, a instituição de ensino deve ciar um departamento especializado para que tudo isso aconteça… Este “departamento” deve ser liderado por um professor especializado, empreendedor e motivado, para que forneça as orientações necessárias e tenha uma rede de contatos que com ele colabore quando necessário. Este departamento também pode iniciar movimentos que culminem em uma “Incubadora de Empresas” que forneça todo o suporte necessário para a formação de novos empreendimentos baseados nas ideias desenvolvidas nas feiras. Também pode desenvolver várias atividades paralelas ao longo do ano, como concursos de criatividade, competições “maker”, etc. Outra vez, grandes doses de aprendizagem e motivação podem ser auferidas com tudo isso, e grandes vocações empreendedoras podem ser desveladas! Nem é preciso citar que muitas empresas “startups” de sucesso assim se formaram!
Também pode ser criado um “Banco de Ideias” que, com a concordância dos autores, mostrará ao público em geral, via Web, as ideias desenvolvidas. Elas devem ser apresentadas apenas em suas funções e objetivos, bem como as necessidades que motivaram sua criação. Aliás, o acesso a esse “Banco” deve ser aberto a todos, tanto para os membros da instituição que o criou e mantém, quanto à própria comunidade e setor produtivo, nesse caso para indicar as necessidades que porventura existam, que então podem ser utilizadas para desenvolvimento nas próximas feiras, ou mesmo por quem se interessar. Isso mantém a comunidade sempre em contato com a instituição de ensino, contato esse de grande interesse para ambos e para a atualização do ensino nela praticado.
Enfim, a vontade e a criatividade de cada instituição poderão fazer da “Feira de Projetos” um evento profundamente produtivo, sob todos os aspectos. É só acreditar e começar…
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