Talvez o espírito natalino que estamos vivendo, com sua leveza, alegria, e que nos traz novas expectativas, me ajude a entender certas coisas que acontecem no sistema nacional de ensino tecnológico, na grande maioria das vezes… Assim, vou compartilhar com você, cara leitora, caro leitor, esta minha problemática interna…
Tenho tido a oportunidade de visitar concursos e feiras de ciência, de projetos, de ideias, e também tenho tido a oportunidade de assistir a algumas apresentações ligadas a atividades de iniciação científica, mestrado, etc. Aliás, gosto muito de estar presente a estes eventos! Quanta vibração dos autores, quanto empenho, quanto orgulho, e quantas boas ideias! Parabéns aos que participaram, aos que organizaram e deram apoio, e ao conjunto que permitiu a realização, sempre caprichada, destes eventos!
Mas então, onde estão os problemas, a meu ver? Resumindo, acho que na continuidade de tudo isto! Onde vão desembocar tantas boas ideias, algumas contendo reais inovações, e implementadas geralmente com grande esforço e às vezes até com despesas imprevistas, além do dispêndio de muito “fosfato”? Na maioria das vezes, em bibliotecas e similares (almoxarifados, etc.), onde dormirão um belo e eterno sono…
Claro que no seu desenvolvimento houve um grande ganho em aprendizagem, nos diversos aspectos que são fundamentais para o desenvolvimento profissional! Conhecimentos técnicos, erros e acertos, mudanças de rumo, contato com a realidade de que de fato a “teoria na prática é outra”, comunicação, abertura a sugestões… E assim por diante! Somente isto já daria para justificar, pelo menos um pouco, a existência destes eventos, principalmente as “feiras”…
Mas a continuidade? Como poderia ser feita? Algumas ideias, apenas para pensar… Por exemplo: por que não “ligar” o setor produtivo a estes eventos? Tenho certeza que dá certo, até porque já procedi desta forma ao coordenar um destes eventos. Conhecendo as necessidades do setor produtivo, a motivação dos participantes é incrementada, pois estarão trabalhando em algo que é realmente necessário, e não em algo baseado apenas em seu “achismo” ou palpites diversos, às vezes reproduzindo algo que já existe ou desnecessário. Além do mais, este procedimento poderá gerar patrocínios, remuneração aos autores e orientadores, além de renome para a instituição que abriga o evento. Ouso afirmar que o mesmo procedimento pode ser usado para temas de dissertações de mestrado, trabalhos de iniciação científica, ou mesmo de conclusão de curso. Aí teríamos o resultado de todas estas importantes atividades sendo efetivamente utilizadas, até com possibilidade de evolução para novas ideias inovadoras…
Outra ideia seria o desenvolvimento de um “Banco de Ideias”, gerenciado pela instituição na qual o evento é periodicamente realizado, ou por qualquer tipo de entidade responsável pelo desenvolvimento local de uma comunidade. Neste “Banco de Ideias” seriam “depositadas” as descrições básicas de aplicação das ideias e projetos expostos e trabalhos desenvolvidos, com os contatos necessários para que os interessados procurem os autores, para eventuais negociações, etc. É claro que em paralelo é necessário o desenvolvimento de toda uma estrutura ligada ao suporte legal e financeiro destes autores, para eventuais concessões e utilização das ideias…
Ideias, somente ideias… Mas desejo agradecer a você, cara leitora, cada leitor, pela paciência que tiveram ao me visitar no “Engenharia em Pauta”, a cada semana! E que vocês e suas famílias tenham um excelente Natal, que preceda um Ano Novo de muita saúde e sucesso!
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