Durante minha vida profissional como docente, tive a oportunidade de visitar, e mesmo coordenar, “Feiras de Projetos”, tanto em nível médio quanto em nível superior. Que experiência fantástica! Quanto curti e aprendi, sob muitos aspectos!
Tais feiras, propostas para que os alunos possam mostrar seus conhecimentos, criatividade e capacidade de produzir algo relativo ao que estão estudando, não são apenas um ótimo recurso didático dentro de suas áreas de estudo, mas também são fonte de novos conhecimentos em atitudes e habilidades, tais como planejamento e organização, persistência, comunicação interpessoal, visão empreendedora, resiliência, aceitação de críticas e sugestões, enfim, um mundo de coisas que lhes serão úteis em suas vidas profissionais.
E quanto melhor organizadas, melhores serão, pois são eventos complexos, que deverão culminar em uma bela apresentação, após uma sequência de atividades que poderão durar alguns meses – e com muita aprendizagem em todas as etapas.
A primeira etapa deve ser uma pesquisa de necessidades, principalmente na comunidade na qual está inserida a instituição que promove a feira. Afinal, inovar é atender de modo criativo essas necessidades… Esta pesquisa pode ser apoiada por órgãos de classe locais, e pode ser feita pelos próprios alunos, com apoio e orientação dos coordenadores.
Uma vez apurada e consolidada essa pesquisa, ela deve ser levada aos futuros participantes, para que comecem a pensar em suas inovações, com foco no atendimento das necessidades apuradas. É claro que então a criatividade é livre, e não deve ser obrigatório o desenvolvimento do que foi apurado na pesquisa – tudo é válido na criação de inovações…
Aí entra a etapa de checagem das ideias, modificações necessárias, sugestões e validação, bem como, se necessária, alguma orientação para o desenvolvimento. Deve haver um horário disponível para eventuais contatos com os coordenadores e orientadores, bem como disponibilidade de locais apropriados e oficinas para a prototipagem das ideias, se for o caso.
Antes da apresentação dos projetos, também é conveniente oferecer treinamento aos participantes que concluíram seus projetos e, portanto, os apresentarão: como decorar seu “stand” (mas dando toda a liberdade para que exerçam sua criatividade…), como receber os visitantes, como explicar o projeto, advertindo-os para não se alongarem em detalhes técnicos, mas apenas nas funções do mesmo, etc.
A avaliação, feita por jurados, deve contemplar critérios que envolvam criatividade, espírito empreendedor, qualidade da apresentação (aspectos visuais e bom funcionamento do projeto), atendimento aos objetivos do mesmo, e assim por diante. Se possível, devem ser convidados jurados que tenham alguma relação com a área que julgarão… O julgamento pelo público, através de votação, também pode ser considerado…
Mas a feira não deve encerrar-se com a premiação… Deve ter continuidade em outros eventos e na elaboração de outras atividades que não permitam que tantas boas ideias desapareçam… Mas este é um assunto para a próxima semana, ok?
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