Estamos tratando do “poder” de nosso subconsciente na solução dos problemas da vida e na criação de ideias criativas e inovadoras, conforme conversamos no “Engenharia em Pauta” anterior. Vimos que, conforme Murray (1), o subconsciente atua como uma balada festiva, que funciona 24 horas por dia, na qual os pensamentos são os convidados, e estão soltos e desimpedidos; já o consciente é um salão social, no qual existem inúmeras regras e convenções, e os pensamentos são comportados e regrados. Entre os dois salões existe um “vigia”, tanto mais “chato” e exigente quanto nós formos mais convencionais…
E já que as ideias inovadoras acontecem em sua grande maioria no subconsciente, já que são muitas as ideias lá residentes, e estão soltas para conversar, paquerar e até unir-se, gerando outras (é isto mesmo o que você está pensando…), então o problema é “trabalhar” o vigia, ser amigo dele, para que as ideias criativas venham para nosso consciente e possam ser aproveitadas. Algumas delas até conseguem escapar dele, através de nossos sonhos, como já foi comentado…
Então, trata-se de ficarmos atentos para que o “vigia” fique mais maleável e compreensivo… Aí poderemos aproveitar melhor as grandes ideias que estão sendo geradas na “balada”…
O primeiro ponto para que isto aconteça é aumentar nosso repertório mental, ou seja, o número de convidados. Leia, converse, saia de seu campo de atuação, viaje, aprenda muitas coisas diferentes, divirta-se, conheça pessoas de outros campos de atuação, raças, modos de pensar, etc. Observe o entorno, seu ambiente; altere sua rotina, e assim por diante. Aí, haverá tanto barulho na balada que o vigia vai até querer que alguns convidados muito insistentes saiam – e estes geralmente são as ideias criativas que poderão ser a solução dos problemas incubados…
E mais: o vigia é alegre, e gosta muito de uma mesa de bar, ou algo semelhante, compartilhada com pessoas inteligentes e interessadas – uma boa conversa, um bate papo descontraído, um ambiente legal, é ótimo para que ele possa relaxar. Tenho certeza de que você já comprovou isto… Repita a experiência, sempre!
Bons e criativos pensamentos saídos da “balada”!
Referência:
- MURRAY, K.D. A arte de imitar – seis passos para inovar em seus negócios copiando as ideias dos outros. Trad.Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 244 p.
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