Temos conversado bastante, neste espaço semanal, sobre avaliação de novas ideias. Afinal, elas são muito importantes para que nós, como empresas, famílias, comunidades e mesmo sociedade, possamos progredir… Então, temos que motivar e facilitar seu surgimento, e avaliá-las com a maior precisão que nos for possível, para diminuir os riscos inerentes à sua implementação.
Para a avaliação de novos produtos ou serviços, a tarefa se torna mais fácil, pois existem parâmetros relativamente bem definidos para seu julgamento. Afinal, o que desejamos deles é uma boa aceitação pelo mercado consumidor e consequentemente uma retribuição financeira justa e válida…
E como as ideias novas, consequentemente inovações, são ”boladas” e então elaboradas com base em uma necessidade que se apresenta (ou mesmo que pode ser criada), a primeira coisa a verificar é se essa necessidade realmente existe, e se é consistente e válida. Grandes empresas até desenvolveram metodologias próprias para que, com base em pesquisas junto ao seu mercado consumidor, possam descobrir suas necessidades, reais ou emergentes… Então, quanto à uma nova ideia de produto ou serviço, é necessário verificar se ela terá boa probabilidade de aceitação pelos seus prováveis consumidores, e se ela trará benefícios palpáveis e facilmente notados por eles.
Então, é muito importante estudar seu provável mercado. Ele realmente existe e demanda algo que pode ser atendido pela inovação? Pode crescer ao longo do tempo, e aceitar eventuais inovações incrementais que venham a ser desenvolvidas? Lembre-se de que esse tipo de inovação é apenas baseado em melhorias ou pequenas alterações no produto ou serviço original… Há possibilidade de a inovação atingir novos mercados? Existe uma boa estrutura de marketing que não só descubra o que os consumidores desejam, mas também possa levar a eles as novidades que a inovação oferece?
Outro detalhe importante é avaliar o investimento a fazer para desenvolver, produzir e distribuir a inovação. Os recursos necessários estão disponíveis ou podem ser obtidos com relativa facilidade e segurança? Ao ser levada à frente a inovação, há possibilidade de obter-se um retorno que compense? Existe algum sistema que monitore constantemente como vão as coisas em relação a esses fatores, econômicos e financeiros? Finalmente, existe um “Plano B” se tudo o que for previsto não seja o que se esperava?
Em relação ao fator humano, estão disponíveis os conhecimentos tecnológicos necessários para o desenvolvimento da inovação, ou há necessidade de parcerias que agreguem a tecnologia necessária? Essas parcerias são acessíveis? E o tempo de desenvolvimento da inovação? É conveniente que ela seja lançada no “timing” correto – aliás, esse é um fator fundamental para seu sucesso…
A estrutura empresarial na qual a inovação é desenvolvida a aceita? Não implicará em grandes mudanças na rotina? Está bem explicada, com seus riscos e vantagens? Há flexibilidade gerencial para que problemas possam ser resolvidos, em prazos razoáveis?
É, não é fácil… Mas atualmente existem excelentes ferramentas que nos permitem verificar, com boa precisão, o que esperar da inovação, como uma boa pesquisa de mercado, um bom plano financeiro, uma administração inovadora, etc. O que não podemos é usar o “achismo”, ou seja, “acho que é uma boa ideia e que vai dar certo”… O fato é que já vi acontecer muitos prejuízos e decepções causadas por ele…
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