Recebi um dia destes pelo Facebook uma figura que bem concorda com o que temos conversado nesses espaços semanais, sendo ela a figura que encabeça os comentários desta semana. Em tradução livre, é: “o adulto criativo é a criança que sobreviveu”. Genial, e parabéns ao autor, que infelizmente ficou desconhecido para mim… A frase explicita com precisão tudo o que temos conversado sobre como a inspiração em “espírito de criança” nos permite maior efetividade na área da criatividade. Trabalhando com vários empreendedores e empresários de sucesso, conforme tive a oportunidade de fazer muitas vezes, posso confirmar a verdade contida na frase!
“Sobrevivendo” aos nossos paradigmas e costumes usuais, podemos sair de nossos bloqueios mentais e criar mais… E as crianças, como já comentei várias vezes, podem nos dar muitas lições, já que ainda não estão muito impactadas pelos nossos padrões costumeiros de vida…
Um exemplo: se observarmos um bando de crianças brincando em um parque infantil, podemos verificar que elas fazem esforços para se conhecer melhor, além de procurar entender quais as vocações e possibilidades que cada uma tem para melhor estruturar o brinquedo. E, quando começam a brincar, acertam rapidamente as regras e personagens para que a brincadeira dê certo e tenha sucesso, não é? Pois é! E uma grande ferramenta de criatividade se resume a isso: tendo um problema a resolver, reúne-se uma boa equipe de interessados, se possível de diversas especialidades e níveis de conhecimento; então o problema é exposto e detalhado, sem se pensar, de forma alguma, em soluções – o que é difícil, pois temos a tendência de ousar oferecer logo uma solução, não é?
Ultrapassada essa etapa de apresentação e detalhamento do problema, cada um dos membros da equipe tem um determinado tempo para investigar o assunto, inclusive na obtenção de maior conhecimento do entorno e das reais necessidades que o envolvem. Bem informados sobre isso, voltam a se reunir e começam a expor o que viram, sentiram e pensaram a respeito – nesse momento, vale tudo, e não deve haver crítica alguma ao que for exposto. Neste ponto, é claro que algo de interessante pode ter surgido, possivelmente um esboço de solução; aí começa uma fase de tentativas de soluções por este caminho, com todos colaborando. Posteriormente, inicia-se uma fase de acertos e críticas quanto à possível solução, que pode incluir inclusive experiências (inclusive em campo…), testes em laboratório, montagem de protótipos, enfim o que for necessário para aperfeiçoar a solução e chegar a uma conclusão final. De certo modo e sem muitos detalhes, assim é que funciona o método muito produtivo denominado “Design Thinking” …
As crianças também são muito observadoras… E esse também é um bom método de criar coisas novas. A natureza, por exemplo, nos oferece uma grande quantidade de ideias geniais e já plenamente consagradas. Quem sabe foi a observação de um tronco rolando morro abaixo que inspirou a criação da roda? Quem sabe foi a observação de um formigueiro, que ocupa apenas um pequeno orifício na superfície, mas que por baixo da terra é uma verdadeira cidade, inclusive termicamente estável, que inspirou alguns projetos de shoppings e prédios totalmente subterrâneos, com vários andares, e que apenas têm suas aberturas para o exterior?
Finalmente, as crianças, observando outras brincando, copiam suas brincadeiras e as aperfeiçoam… E essa não será uma boa técnica para inovar, desde que não se copie integralmente a ideia implementada por outros? Quando cito “copiar”, apenas afirmo que se deve explorar outros domínios de pensamento que podem ter o mesmo efeito do que desejamos criar… Por exemplo: desejo criar um site extremamente sugestivo. Por que não procurar um bom cineasta e perguntar para ele quais técnicas são utilizadas para atrair o público logo no começo do filme, e mantê-lo durante a exibição do mesmo, e implementar no site o que ele indicar?
É, minha amiga, meu amigo, as crianças podem ser nossos grandes mestres na arte de inovar…
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