Que título estranho! O que tem uma coisa com a outra? Em minha opinião, muita coisa… Por quê? Ao longo de minha carreira e vida, eu tenho observado uns e outros, e tenho constatado que nos engenheiros criativos e inovadores atuam, e com intensidade, muitas das características que encontramos no espírito infantil, no modo com que as crianças agem em relação à vida…
Vamos dar uma olhada nisto? Para começar, as crianças são extremamente curiosas – tudo é novidade para elas, tudo tem que ser explorado, e as perguntas “e se?”, “por quê?”, “o que é isto”, ”para que serve isto”?, e outras de mesmo teor, são comuns a elas. E não será esta a base da aprendizagem, demonstrando que constantemente praticam a importante tarefa do “aprender a aprender”? E em nosso mundo atual, em rapidíssima evolução, não é isto que temos de fazer, para não estacionar no tempo?
Outra coisa: as crianças distraem-se comumente, buscam e ficam admiradas com o que veem de novo e aprendem. Absorvem informações, e brincam com elas… Mas não seria assim que teríamos de fazer? Há tanta coisa maravilhosa acontecendo neste mundo, e não seria melhor que sempre estivéssemos nos maravilhando com isto? Há tanto a aprender, em tantos campos do conhecimento humano! Há tanto a fazer! Há tanta novidade no ar! E tudo isto, se “digerido”, aumentaria em nós, engenheiros, nosso “repertório mental”, permitindo a criação de soluções inovadoras e inéditas. Bem bom isto!
Também, ao ver um grupo de crianças brincando, o que se vê é um “grupo de trabalho” perfeito! Decidiram a tarefa, na escolha da brincadeira; dividiram naturalmente os componentes do grupo, de acordo com suas habilidades e competências; escolheram os líderes; chegaram a criar novas regras, se as usuais não se mostrarem adequadas; empenharam-se com tudo o que poderiam dar, para que a brincadeira seja divertida e dê certo. E chegam aos resultados com alegria e consenso (às vezes, nem tanto, quanto ao consenso…). Será assim que nós nos reunimos em nossas reuniões de trabalho, despidos de vaidade e de vontade de aparecer, disponibilizando de modo total nossas competências e habilidades, para a consecução do objetivo final?
Atribuem a Einsten uma frase muito dentro deste tema… Quando inquirido como ele tinha chegado à Teoria da Relatividade, ele teria afirmado que só conseguiu isto pensando como criança, mas utilizando ferramentas de adulto… E afirmou também: quem teria se preocupado com questões de tempo e espaço mutáveis, a não ser uma mentalidade de criança? E nós dispomos destas ferramentas de adulto – nossa formação de engenheiros nos proporcionou todas elas… Mas como está nossa mentalidade de criança?
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