Não restam dúvidas de que, a menos que sejamos eremitas ou estivermos perdidos em alguma ilha deserta e sozinhos, sempre viveremos imersos dentro de um tipo de “ambiente”, que, por sua vez, segundo o dicionário, é o “conjunto de condições materiais, culturais, psicológicas e morais que envolve uma ou mais pessoas”…
E como os ambientes nos quais vivemos e com os quais convivemos impactam nossas vidas e nosso progresso, tanto pessoal quanto profissional! Sabemos disso, claramente! Quantos filhos e filhas seguem as profissões dos pais e mães, quantos costumes e hábitos acompanham por longo tempo os que foram cultivados pelas respectivas famílias! Em empreendedorismo, quantas vezes constatamos o fato de que famílias empreendedoras geram empreendedores…
Da mesma forma, infelizmente, constatamos que ambientes problemáticos e deletérios trazem grandes problemas aos que deles participam e nos quais foram criados… Que pena!
É claro que nas duas situações citadas nos parágrafos anteriores, como tudo na vida, encontramos exceções, boas ou más… No entanto, geralmente podemos constatar que nesses casos houve influência de pessoas e ambientes periféricos aos originais, e isso não é tão incomum…
Tais considerações também são válidas quando se trata de ambientes de trabalho, não restam dúvidas. Existem instituições e empresas nas quais a produtividade é alta, o grau de satisfação e engajamento dos colaboradores é excelente, a rotatividade é muito baixa, e tudo corre muito bem. Infelizmente, o contrário também existe, com grande prejuízo de todos.
No caso das empresas de sucesso provocado pelo ambiente, o que se nota é que há um sadio ambiente de confiança entre todos e para com a empresa – cada um sabe sua função, e o que ela pode impactar na dos colegas. Cada um trabalha com responsabilidade e profissionalismo, mostrando ótimo nível de envolvimento com o seu próprio trabalho e com os objetivos da instituição ou empresa. A colaboração, em todos os níveis, é fortemente vivenciada – ajudam-se uns aos outros desinteressadamente; a generosidade nas ações, provocada pela empatia e amizade vivenciada entre os colegas, é ponto forte… Por outro lado, a gerência também vivencia tais atitudes, sendo confiável e fornecendo os meios e as condições necessárias para que tal ambiente, tão favorável ao crescimento de todos, seja cada vez melhor.
Infelizmente, ainda existem ambientes institucionais e empresariais que prejudicam, e muito, seu próprio desenvolvimento e progresso. Pode-se notar nesses ambientes a manifestação de atitudes deletérias, nas quais é esquecido o fato de que na realidade os “recursos humanos” são apenas “humanos”, com características pessoais que devem ser respeitadas para que atuem na plenitude de sua capacidade. Entre diversas atitudes deletérias, pode-se notar uma constante situação de conflito, mesmo que nem tão visível ou conhecida (a menos no que “rola” na “rádio peão”…), produzida pelo protecionismo, que em si já demonstra nítida falta de algum tipo de meritocracia; há uma tendência de dominação por parte da gerência, que acha que só ela pode conduzir plenamente os destinos da instituição ou empresa; também existe algo de polarização e competição entre setores ou blocos de colaboradores; enfim, o que se manifesta no geral é uma competição “soma zero”, que pode selar definitivamente o progresso ou mesmo o destino de todos. Que pena! Que visão estreita!
Tomara que nesses novos tempos nos quais vivemos, que já apresentam tantas dificuldades, problemas e desafios, prevaleçam os ambientes que propiciem, pelo menos um pouco, as atitudes que permitam o crescimento de todos!
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