Podemos agora conversar um pouco sobre o outro ator importante no cenário do sistema ensino/aprendizagem, de qualquer modo com o qual ele se apresente. É ele o discente, ou seja o aluno, ou educando, ou mesmo o aprendiz…
Na semana passada o tema foi o professor, o docente, e mesmo o instrutor. Pudemos então constatar que ele definitivamente não pode ser apenas um repositório de conhecimentos, portando-se como um informador, mas sim como um orientador em um caminho de aprendizagem, e um formador de atitudes e valores.
Quanto ao aluno, deve esforçar-se e ser ajudado a mudar de uma atitude passiva para uma atitude ativa, para tornar-se participante real do processo ensino/aprendizagem. E como aprender algo demanda realmente muito esforço, ele deve ser motivado para tal; e aí está uma tarefa desafiadora e complicada, pois envolve a atuação, às vezes contrária aos nossos objetivos, de paradigmas adquiridos na escolaridade anterior, vocação, interesse no curso, pressão familiar, etc.
Um caminho de solução para este problema pode estar contido em uma lapidar colocação do prof. Fernando Dolabela, já citado neste espaço na semana passada: “trazer o mundo para a sala de aulas”… Ou seja, mudar o sentido da aula de uma forçada atividade no sentido de transmissão e pouco provável absorção de conhecimentos para algo que tenha sentido na realidade do aprendiz dentro do que deve ser estudado. Ou seja, fazer o discente participar de uma real intervenção no seu mundo, valorizando-o e ao conteúdo ministrado. E se fizermos isto, como docentes ou educadores, caminhando para alcançar sucessivas metas dentro do programa proposto, poderemos atingir um grande êxito na aprendizagem, e nos dará de sobra oportunidades de exercer a tão importante multidisciplinaridade, convidando outros docentes ou profissionais para colaborar, se for o caso. Assim, o conteúdo passa também a ser importante instrumento para a formação da cidadania, desenvolvimento da sociedade e do aprendiz como pessoa.
Tudo isto não quer dizer que a tão tradicional aula expositiva (agora tão facilitada com a utilização do “Power Point” ou similares) seja desprezada… Ela continua necessária, mas apenas como uma importante ferramenta nos momentos nos quais há uma real necessidade de atualização no conhecimento, para que a citada intervenção no mundo prático não se perca, mas sim siga um caminho real e correto.
Mas, além dela, passam a caber debates, desafios, projetos, visitas técnicas, ou qualquer outro método que permita ao educando perceber onde se aplica o que está estudando, bem como sua importância técnica e mesmo social.
Ainda teremos melhores resultados na aprendizagem se integrarmos o “ensino” com a “pesquisa”, bem dimensionada e aplicada, e, se for o caso, com atividades de “extensão”. Afinal, dentro de uma sala de aulas há uma “inteligência residente” considerável, que pode e deve ser utilizada de todos os modos possíveis, tornando o processo ensino/aprendizagem aplicado na vida do dia a dia. A aplicação dos conhecimentos em algo real, dentro de sua visão de mundo, motiva o educando e o faz orgulhoso de seu estudo, preparando-o, do melhor modo possível, para a vida. Bem melhor do que uma transmissão estéril de conhecimentos, não?
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