A geração de eletricidade por bactérias é uma área de pesquisa antiga, com desenvolvimento de biobaterias que têm uma vida útil notável de até 100 anos. No entanto, o desafio sempre foi a produção limitada de energia por bactérias.
No entanto, um grupo de cientistas liderado por Mohammed Mouhib da Escola Politécnica Federal de Lausanne, Suíça, demonstrou um avanço significativo na eficiência dessa tecnologia, e o mais notável é que conseguiram aproveitar bactérias comuns, como a Escherichia coli. Ao engenharejar geneticamente a E. coli, eles a tornaram capaz de gerar eletricidade, e essa habilidade é especialmente promissora porque a E. coli pode crescer em diversas fontes, incluindo águas residuais.
Esse avanço tem implicações importantes em várias áreas, desde a bioeletrônica até a gestão de resíduos, passando por células de combustível microbianas, eletrossíntese e a criação de biossensores.

(Ilustração: Mouhib)
E. coli Aprimorada para Geração de Eletricidade
A bactéria E. coli foi geneticamente modificada para produzir eletricidade por meio da transferência extracelular de elétrons (TEE), integrando componentes da bactéria Shewanella oneidensis MR-1. Essa inovação criou uma via completa de TEE dentro da E. coli, resultando em um aumento significativo na geração de corrente elétrica em comparação com abordagens anteriores. Os experimentos revelaram um aumento de 54% na transferência de elétrons e a capacidade de produzir eletricidade a partir de uma variedade de substratos orgânicos, incluindo águas residuais industriais e domésticas.
Esses micróbios aprimorados têm potencial para aplicações em bioeletrônica e gerenciamento de resíduos, demonstrando sua eficiência mesmo em águas residuais de uma cervejaria.
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