O que pra muitos é considerado lixo foi usado como matéria-prima para melhorar a qualidade de vida de moradores de comunidades carentes do Pará.
Mais de um milhão de toneladas de caroços de açaí são desperdiçados, então professores e alunos de uma universidade de Belém descobriram uma nova utilidade para os resíduos. Na área da construção civil, o projeto vai começar a reformar calçadas em comunidades carentes.
Os estudantes de Engenharia da Universidade de Belém desenvolveram um concreto permeável feito a partir de caroços de açaí in natura (resíduo já está prontinho para ser transformado em pavimento). Veja o estudo sobre isso que foi publicado na Scielo.
A motivação dos alunos para realizar pesquisas na área se deu por conta do alto consumo de açaí no Estado paraense. Para ter uma ideia, por mês, comercializa-se cerca de 30 toneladas de açaí apenas na região metropolitana de Belém. E o que sobra? O caroço! São, aproximadamente, 16 mil toneladas do resíduo por dia (!), que têm descarte incorreto, sobrecarregam aterros e ainda entopem redes de drenagem, aumentando a incidência de alagamentos na região.
Com a descoberta dos alunos da Universidade da Amazônia, que foram coordenados pelo professor Mike da Silva Pereira, os resíduos de caroço de açaí passam a poder ser destinados para a fabricação de concreto – que, além de prevenir enchentes, por ser permeável, ainda é até 20% mais barato (!) do que o concreto comum. É ou não uma descoberta e tanto?
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