O Brasil enfrenta um dos principais desafios em telecomunicações: o aumento do roubo de cabos. Além dos prejuízos causados às operadoras, inúmeros usuários ficam impossibilitados de utilizar serviços de comunicação via celular, telefone fixo ou banda larga fixa. Em 2023, as atividades criminosas resultaram no furto de 5,4 milhões de metros de cabos, alcançando o maior número desde 2019, com o estado de São Paulo sendo o mais impactado.
De acordo com a Conexis, entidade representante das principais operadoras do setor, a quantidade de cabos furtados em 2022 seria praticamente suficiente para cobrir a distância entre Fortaleza e Lisboa.
Além de privar pessoas e empresas de conexão, o roubo de cabos compromete o funcionamento de serviços públicos essenciais, como polícia, bombeiros e emergências médicas.
Surpreendentemente, observa-se um aumento nos furtos de cabos, mesmo considerando que esse tipo de material tem perdido valor comercial. Embora os fios de cobre ainda persistam, sua presença é menor em comparação aos anos anteriores, uma vez que a maioria das operadoras tem migrado para a infraestrutura de fibra óptica.
Em alguns casos, as atividades criminosas têm como alvo o vandalismo, com provedores locais, geralmente controlados por milícias, danificando os cabeamentos da concorrência para prejudicar a reputação e atrair possíveis clientes insatisfeitos.
As regiões mais impactadas pelo roubo de cabos
Os estados mais impactados pelo roubo de cabos, conforme o levantamento da Conexis, revelam uma situação preocupante em 2023, com São Paulo liderando o ranking. Nesse estado, foram subtraídos alarmantes 1,4 milhão de metros de cabos ao longo do ano, representando um aumento significativo de 40% em comparação com 2022.
Em segundo lugar, o Paraná enfrenta desafios consideráveis, registrando o roubo de 955,1 mil metros de cabos. No entanto, é notável uma redução de 6% nos furtos em comparação com o ano anterior.
A Bahia ocupa a terceira posição, com 635,7 mil metros de cabos roubados, seguida por Minas Gerais, com 505,5 mil metros, e o Rio Grande do Sul, que teve 368,7 mil metros furtados.
Vale destacar o Rio de Janeiro, que, em 2023, conseguiu reduzir sua posição no ranking de furtos, passando do segundo lugar para o décimo. A Conexis atribui esse progresso ao estado, que foi pioneiro em intensificar o diálogo entre autoridades locais e o setor de telecomunicações, visando fortalecer ações de combate ao furto, roubo e vandalismo.
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