O projeto que realiza o escaneamento ocular, cofundado por Sam Altman, CEO da OpenAI (criadora do ChatGPT), já possui milhões de usuários globalmente. A partir desta quarta-feira (13), a iniciativa chega oficialmente ao Brasil.
Originalmente chamada Worldcoin, a empresa agora se chama World, numa tentativa de melhorar sua imagem, após ser alvo de diversas investigações em todo o mundo.
A coleta de dados será realizada em dez locais na capital paulista
No segundo semestre do ano passado, a empresa havia disponibilizado três pontos de atendimento em São Paulo. Contudo, ela afirmou que a operação era um teste, sem previsão de permanência.
Agora, a empresa começará a coletar as íris de brasileiros interessados em dez locais espalhados pela cidade. A World informou que os endereços estarão disponíveis em seu site e situados em alguns shoppings de São Paulo.
A estrutura da World é composta por três fases: o World ID, um passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; o Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos; e o World App, o aplicativo que facilita as transações com a criptomoeda.
A participação no projeto é gratuita, e ainda não há previsão para expandir o serviço para outras regiões do Brasil. A empresa afirma que está em diálogo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para regulamentar suas operações no país.
Um projeto controverso
Lançado em julho do ano passado, o projeto Worldcoin (atualmente conhecido apenas como World) realiza o escaneamento da íris das pessoas em troca de recompensas em WLD, a criptomoeda vinculada à iniciativa. O objetivo é criar uma identidade global baseada na biometria dos indivíduos, que poderia ser utilizada por governos e empresas.
O sistema também visa possibilitar que os usuários provem sua humanidade online, especialmente em um futuro em que a inteligência artificial desempenha um papel central. No entanto, a empresa tem sido alvo de investigações em vários países devido a preocupações com a privacidade. As principais acusações são de que o projeto não estaria adotando as medidas de segurança adequadas para proteger os dados pessoais dos usuários.
Autoridades no Reino Unido, Alemanha, França, Portugal e Espanha investigaram como o projeto coleta, armazena e processa os dados biométricos. No Quênia, o governo decidiu interromper a coleta de dados pela World. Apesar disso, a empresa de Sam Altman, cofundador da OpenAI, assegura que suas práticas estão em conformidade com a lei e não há irregularidades.
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