Uma das lendas urbanas mais difundidas, tanto atualmente quanto em tempos passados, é a do Monstro do Lago Ness. Relatos centenários afirmam avistamentos da criatura, porém, até o momento, são apenas relatos.
A tentativa mais notória de “provar” a existência do monstro foi uma fotografia questionável de 1933. Agora, 91 anos após, um grupo denominado Loch Ness Centre planeja uma expedição em larga escala na tentativa de confirmar definitivamente a realidade de “Nessie”.
Na quarta-feira passada, os exploradores divulgaram uma carta aberta solicitando assistência de cientistas, acadêmicos e até mesmo da NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, para localizar a misteriosa criatura.
“Estamos buscando a colaboração de especialistas, incluindo cientistas e instituições acadêmicas, assim como os pioneiros da exploração da NASA, para fornecer equipamentos e expertise na pesquisa. Com novos instrumentos especializados, esperamos que a ciência possa ajudar a desvendar os mistérios do lago e os avistamentos inexplicáveis desde o surgimento da lenda de Nessie há 90 anos”, destaca um trecho da carta.
A missão envolverá a mobilização de voluntários para realizar uma vigilância extensiva da superfície do lago escocês, atentos a quaisquer perturbações na água que possam indicar a presença da criatura.
Esses voluntários receberão orientações detalhadas sobre o que observar e como documentar suas descobertas. É importante ressaltar que essa iniciativa é realizada praticamente todos os anos, predominantemente por entusiastas, com pouca participação de cientistas.
Muitos dos voluntários envolvidos podem até não acreditar na existência do monstro, mas participam movidos pelo folclore e pela tradição associados à busca pelo lendário Nessie.
Para os aficionados por mistérios ao redor do mundo, ainda há a possibilidade de participar da vigilância, monitorando as câmeras ao vivo no site Visit Inverness Loch Ness.
No ano passado, uma das maiores operações de busca no Lago Ness foi concluída com sucesso, utilizando um “hidrofone” para capturar ruídos subaquáticos significativos e vários avistamentos potenciais.
Desde a primeira expedição em 1934, os chamados “Vigilantes do Monstro” relataram pelo menos 1.156 avistamentos da criatura, porém, nenhuma evidência concreta foi encontrada até o momento.
É nesse ponto que entra a possibilidade de colaboração com a NASA. Aimee Todd, gerente de marketing do Centro de Loch Ness, expressou a esperança de que os entusiastas de Nessie ao redor do mundo possam ajudar a alcançar os especialistas da NASA, utilizando o poder das mídias sociais. Ela afirmou ao jornal britânico The Independent: “Esperamos que sua orientação especializada nos ajude em nossa busca contínua por respostas. Esperamos também que os especialistas da NASA possam ter alguma tecnologia avançada de imagem para escanear o lago”.
Até o momento, a ciência não apresentou evidências conclusivas da existência do monstro do Lago Ness.
A famosa “foto do cirurgião” dos anos 1930, que mostra um contorno na superfície do lago, é objeto de debate. Enquanto alguns acreditam que seja autêntica, outros sugerem que possa ser uma montagem ou até mesmo o registro de uma grande enguia. Há ainda quem especule sobre a possibilidade de ser um submarino com uma estrutura peculiar.
Em julho de 2003, uma extensa investigação conduzida pela BBC envolveu a exploração do lago por mergulhadores e a utilização de cerca de 600 sonares ao longo de vários dias. O resultado foi a falta de descobertas significativas, levando a BBC a concluir, após esse experimento científico, que o monstro não existe.
Uma nova teoria surgiu em 2019, quando pesquisadores da Nova Zelândia identificaram rastros de DNA de enguias europeias no lago. Embora não conclusivo, o estudo sugere a possibilidade de que o monstro do Lago Ness seja, ou tenha sido, uma enguia gigante.
No entanto, nada foi confirmado de forma definitiva até o momento. A esperança é que a colaboração da NASA possa contribuir para elucidar essa questão, embora haja a consciência de que eles possam ter prioridades mais urgentes.
As informações foram reportadas pelo jornal The Independent.
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