O CEO do Grupo Stellantis, Carlos Tavares, que comanda marcas como Fiat, Peugeot, Jeep, Citroën, Opel, Vauxhall, Alfa Romeo, Dodge, Chrysler, Maserati, entre outras, afirmou em uma coletiva de imprensa internacional para apresentar os resultados financeiros do grupo que os consumidores brasileiros não precisam de carros elétricos, mas sim de etanol.
Segundo Tavares, os carros elétricos são desvantajosos no Brasil quando comparados com os movidos a etanol, que podem ser uma solução mais viável para o mercado local. A declaração foi feita após o CEO ser questionado sobre os impostos que incidem sobre os veículos elétricos no país.
A posição de Carlos Tavares em relação aos carros elétricos no Brasil está alinhada com o que foi dito recentemente por Antonio Filosa, o diretor operacional da Stellantis na América do Sul. Segundo Filosa, o Brasil possui a maior frota elétrica do mundo em termos de equivalência, citando a captura de carbono gerado pelo plantio de cana.
Tavares se mostrou realista ao analisar os carros elétricos no Brasil, afirmando que estes veículos não apresentam vantagens significativas em relação às emissões de poluentes, o que tem sido comprovado por alguns estudos. Além disso, ele destacou que os modelos elétricos são mais caros quando comparados aos modelos movidos a álcool puro.
Porém, Tavares reconheceu que a propulsão elétrica está associada à ideia de carro moderno e atualizado. Nesse sentido, a Stellantis planeja lançar modelos totalmente movidos a etanol, mas também reconhece a necessidade de comercializar carros elétricos para atender a demanda dos consumidores.
Embora Tavares não tenha entrado em detalhes sobre os lançamentos para o mercado brasileiro, há uma grande probabilidade dos consumidores ganharem um carro a etanol da marca ainda neste ano, mesmo que seja em protótipo. Além disso, a empresa planeja adicionar sistemas eletrificados a esses motores nos próximos anos, e até mesmo gerar hidrogênio por meio do complexo processo de reforma a vapor em um futuro ideal.
Portanto, a Stellantis tem uma estratégia ambiciosa para atender às demandas do mercado brasileiro, incluindo a produção de carros movidos a etanol e a comercialização de veículos elétricos, em uma tentativa de manter sua posição de liderança no setor automotivo.
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