Normalmente, não gostamos de ser criticados e muitas das vezes, ouvir uma crítica, seja ela relacionada ao trabalho, ao comportamento ou a qualquer que seja o objeto da crítica, costumamos entrar em modo de defesa, pensando que aquela crítica nos desconstrói ou prejudica nossa personalidade ou autoridade – se for o caso.
No entanto, não deveríamos ter medo das críticas, ao contrário, deveríamos agradecer ao interlocutor, de quem as críticas estão vindo. Mas para que isso aconteça temos que desenvolver, algo bastante complexo – e que talvez esteja em desuso, a maturidade, sem ela, estaremos subjugados a tudo o que nos disserem.
Digo que a maturidade é complexa, porque, em seu mais amplo sentido, ela deve trazer consigo sabedoria, discernimento, controle emocional e, principalmente, a paciência. De um modo geral, nunca estaremos completamente maduros, sempre haverá, em alguma área de nossas vidas, algo em que poderemos ser melhores amanhã do que somos agora.
Quando se é maduro suficiente para se receber uma crítica, geralmente estaremos enquadrados em três situações possíveis:
- As críticas não fazem sentido – então não há com o que se preocupar (geralmente acontece quando a pessoa não te conhece muito bem, e mesmo assim proferem a crítica);
- As críticas fazem sentido – nesse caso devemos agradecer pela ajuda, pois tem-se um ponto, ou mais, a ser melhorado;
- Você não tem certeza se aquela crítica se encaixa nas que não fazem sentido ou nas que fazem – geralmente é quando ela faz sentido mas não queremos assumir.
Em nenhuma das situações acima deveríamos nos preocupar demais, contudo, as duas últimas merecem atenção, ou poderemos estar deixando passar uma oportunidade de melhorarmos a versão atual de nós mesmos. Em suma é o que acontece com todos os atletas, às vezes as críticas vêm do treinador, outras vezes, vêm dos resultados. Levando-se em conta esta comparação, deveríamos assimilar as críticas recebidas, de colegas, familiares, cônjuges, filhos, líderes, gerentes ou qualquer que seja a pessoa, como sendo nossos técnicos e melhorar nossa versão atual, porque, esperar receber as críticas dos resultados, com certeza irá doer mais, e quem sabe, caso tenhamos baixa resiliência, nos desmotivar de sermos uma versão melhor de nós mesmos.
Algumas atitudes interessantes sobre se tornar uma versão melhor de você mesmo, podem ser encontradas no livro O milagre da manhã do autor Hal Elrod, uma delas nos encoraja a enviarmos um e-mail, para mais ou menos 20 pessoas, pedindo sobre um retorno que nos aponte sobre nossos 3 pontos fortes e 3 pontos a serem melhorados.
O interessante aqui, é que, caso as 20 pessoas forneçam 3 pontos diferentes a serem melhorados, você terá no total, 60 pontos de melhoria mapeadas com muito pouco esforço, e se as pessoas estiverem convergindo para alguns mesmos pontos de melhoria, isso reafirma que este é realmente um ponto a ser melhorado. Você só ganha com o processo.
Se recorde de todas as experiências passadas, em praticamente 100% das situações difíceis você aprendeu mais que nas situações de conforto. O aprendizado, inerentemente, ocorre sob dor e desconforto, e sua versão de você mesmo só melhora quando você aprende.
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