O Morro do Cantagalo, com cerca de 200 metros de altitude, abriga uma imponente estrutura de sustentação em concreto, erguida nos anos 60 para prevenir a queda de rochas e proteger os edifícios circundantes.
Localizada pouco após a metade da elevação, essa construção repousa sobre uma base conhecida como Chaminé do Prego, conquistada em 1931 pelos escaladores Fritz Reuter, Haroldo Pena e Helmuth Heske, do Centro Excursionista Brasileiro.
A tecnologia empregada na época era comumente utilizada em hidrelétricas e na proteção de barragens. O seu emprego em áreas densamente povoadas, em uma escala considerável e com obras simultâneas, era inédito, até mesmo em contextos internacionais, conforme relatado por engenheiros daquele período.
Na porção voltada para a Lagoa, a instalação de quatro imponentes pilares simboliza o empenho na adoção de novos métodos. Inicialmente, um helicóptero recentemente adquirido foi empregado para coletar informações técnicas sobre a encosta. Posteriormente, foi construída uma escadaria de madeira para alcançar os 210 metros de altura da vasta fenda situada sob uma formação rochosa de 50 mil toneladas, que representava uma ameaça iminente de desabamento sobre edifícios.
Em 2020, a justiça do Rio de Janeiro determinou que a prefeitura e o governo estadual realizassem reparos na encosta do Morro do Cantagalo, onde pedras haviam rolado, ameaçando um condomínio na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa. A prefeitura estima que existem pelo menos 500 barreiras e encostas de proteção em toda a cidade.
A história do Morro do Cantagalo no Rio de Janeiro remonta ao século XVIII, quando o local era um pequeno vilarejo de pescadores e garimpeiros. No início do século XX, com o crescimento da cidade, o morro começou a ser ocupado por pessoas que buscavam uma alternativa à moradia nos bairros mais caros.
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