Partículas microscópicas impressas em 3D, tão diminutas que a olho nu parecem poeira, têm desempenhado um papel crucial em diversas aplicações, desde a distribuição de medicamentos e vacinas até a microeletrônica, microfluídica e abrasivos. No entanto, a fabricação em larga escala dessas partículas enfrentou desafios significativos.
Tradicionalmente, técnicas baseadas em luz ultravioleta (UV) são utilizadas para curar objetos nessa escala, exigindo uma coordenação precisa entre a distribuição da luz, o movimento da base de produção e as propriedades da resina utilizada. Porém, a aplicação em massa dessas técnicas esbarra em dificuldades tecnológicas.
- Veja também: ONU promulga resolução em favor da segurança e confiabilidade das inteligências artificiais
Em um emocionante avanço, pesquisadores da Universidade de Stanford, liderados pelo renomado cientista Jason Kronenfeld, apresentaram uma inovação revolucionária: uma técnica de processamento altamente eficiente capaz de imprimir até 1 milhão de micropartículas altamente detalhadas e personalizáveis por dia, inaugurando o que pode ser chamado de “fordismo nanotecnológico”.
Essa inovação é uma evolução de uma técnica anteriormente desenvolvida pela equipe, conhecida como CLIP (Produção Contínua em Interface Líquida), que utiliza luz UV para curar rapidamente a resina no formato desejado. O diferencial crucial é a incorporação dessa técnica em uma linha de produção nanotecnológica, batizada de R2RCLIP (CLIP Rolo-a-Rolo).
Essa linha de produção nanotecnológica revoluciona o processo ao introduzir um filme cuidadosamente tensionado que é alimentado na impressora CLIP. Nesse processo, centenas de formas são impressas simultaneamente no filme, seguido por uma sequência automatizada de lavagem, cura e remoção dos objetos, tudo de forma personalizável com base nas características desejadas.
O grande avanço do R2RCLIP reside na sua automação, permitindo taxas de fabricação sem precedentes, até 1 milhão de partículas por dia. Isso representa um salto significativo em relação aos métodos anteriores, que exigiam processamento manual lento e trabalhoso.
Os pesquisadores estão confiantes de que sua linha de produção nanotecnológica será amplamente adotada por outros pesquisadores e pela indústria, abrindo caminho para uma nova era na fabricação de partículas em escala nanométrica. Essa abordagem não apenas aumenta a eficiência da produção, mas também preserva a alta resolução necessária para uma ampla gama de aplicações, desde o laboratório de pesquisa até a produção industrial em larga escala.
Fonte: Inovação tecnológica
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos! ?
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.
Sigam o A Ciência do Universo no Instagram! @cienciasdouniverso ?